- O governo indonésio nomeou Suharto, que governou o país por trinta e dois anos, como herói nacional, decisão anunciada em novembro de dois mil e vinte e cinco, gerando críticas e protestos, com manifestações reltas pequenas.
- Entre a Gen Z, as reações foram majoritariamente de indiferença ou nostalgia, já que muitos jovens não viveram o regime e podem ter uma visão distorcida de sua história; há alerta sobre amnésia histórica e mudanças curriculares.
- O presidente Prabowo Subianto, ex-genro de Suharto, defendeu a homenagem, dizendo que ele foi herói da luta pela independência, apesar das acusações de massacres e abusos durante o governo.
- Entre estudantes, Muhammad Abid Fiisabilillah, de dezenove anos, reconhece problemas de direitos humanos, mas afirma que cada presidente tem pontos positivos e negativos; Yansen, de vinte e dois, teme a falta de educação sobre o passado.
- Analistas apontam que a situação reflete tendência regional de reabilitar figuras controversas; mudanças no currículo para enfatizar uma narrativa positiva sobre a história pode dificultar discussões sobre crimes do regime.
- Além da controvérsia histórica, a Indonésia enfrenta crise de custo de vida, com inflação alta e desemprego, o que leva muitos jovens a priorizarem questões econômicas em vez de debates sobre o passado, diz Nur Sobah, estudante.
O ex-ditador indonésio Suharto, que governou o país por 32 anos, foi recentemente nomeado herói nacional pelo governo, gerando uma onda de críticas e protestos. A decisão, anunciada em novembro de 2025, provocou reações de indignação entre ativistas e sobreviventes de seu regime, marcado por violências de direitos humanos e corrupção. No entanto, as manifestações contra essa homenagem foram relativamente pequenas.
Entre os jovens da Geração Z, muitos responderam com indiferença ou até nostalgia. Nascidos após a queda de Suharto em 1998, esses jovens não vivenciaram diretamente a repressão de seu governo, o que resultou em uma percepção distorcida de sua figura histórica. O presidente Prabowo Subianto, ex-genro de Suharto, defendeu a homenagem, afirmando que ele foi um “herói da luta pela independência”, apesar das acusações de massacres e abusos durante sua administração.
Reações da Geração Z
As opiniões sobre Suharto variam. O estudante Muhammad Abid Fiisabilillah, de 19 anos, reconhece os problemas de direitos humanos, mas acredita que “cada presidente tem pontos positivos e negativos”. Em contraste, Yansen, um estudante de 22 anos, expressa preocupação com a falta de educação sobre o passado. Ele afirma que muitos jovens desconhecem os horrores do regime, o que pode levar a uma amnésia histórica.
Analistas apontam que essa situação reflete uma tendência mais ampla na região, onde figuras controversas estão sendo reabilitadas. A mudança no currículo escolar para enfatizar uma narrativa positiva sobre a história indonésia é vista como uma tentativa de apagar os traumas do passado. Especialistas alertam que essa abordagem pode dificultar discussões sobre os crimes cometidos sob o regime de Suharto.
Contexto Atual
Além das controvérsias históricas, a Indonésia enfrenta uma crise de custo de vida, com inflação alta e desemprego crescente. Para muitos jovens, as questões econômicas atuais parecem mais urgentes do que a análise crítica do passado. Nur Sobah, uma estudante, observa que a falta de protestos pode ser um reflexo das prioridades da juventude, que luta para sobreviver em um cenário desafiador.