- Renan Filho, ministro dos Transportes, acusou o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) de tentar blindar investigações contra facções criminosas com um projeto de lei que submete a Polícia Federal aos governos estaduais, em entrevista ao Canal Livre, da Band, no último domingo, 16.
- Diz que é estranha a aceleração das tramitações após Derrite retornar ao Congresso e apresentar um substitutivo para projeto antifação já discutido.
- Renan afirmou que o governo federal não conhece a quarta versão do projeto, que deve ir a votação na próxima terça-feira, dezoito, e criticou as mudanças frequentes no texto e a falta de clareza sobre qual versão será votada.
- O ministro disse que a proposta não recebe apoio entre governadores de direita, e que a pressão por atualização da legislação contra o crime organizado ganhou força após a operação Contenção, que resultou em cento e vinte e um óbitos, incluindo quatro policiais, além de evidenciar ligação do PCC com setores produtivos.
- O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, investiga possíveis abusos na ação policial, em meio a um ambiente de incerteza e controvérsia, com sociedade e imprensa contrárias ao relatório de Derrite.
Renan Filho, ministro dos Transportes, acusou o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) de tentar blindar investigações contra facções criminosas com um projeto de lei que submete a Polícia Federal aos governos estaduais. A crítica foi feita durante uma entrevista ao programa Canal Livre, da Band, no último domingo (16).
O ministro afirmou que a situação é “estranha”, uma vez que Derrite, após retornar ao Congresso, apresentou um substitutivo para um projeto antifacção que já havia sido discutido. Renan questionou os interesses por trás dessa aceleração das tramitações, especialmente após a operação Contenção, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e evidenciou a relação do PCC com setores produtivos.
Críticas ao Projeto
Renan Filho destacou que o governo federal não tem conhecimento completo da quarta versão do projeto, que deve ser votada na próxima terça-feira (18). Ele criticou as constantes mudanças no texto e a falta de clareza sobre qual versão será submetida à votação. “Ninguém sabe direito qual texto vai a voto”, afirmou.
Além disso, o ministro ressaltou que a proposta de Derrite não conta com apoio nem mesmo entre governadores de direita. A pressão por uma atualização na legislação contra o crime organizado se intensificou após a operação Contenção. O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, investiga possíveis abusos no uso da força durante a ação policial.
A situação gera um ambiente de incerteza e controvérsia, com a sociedade e a imprensa unidas contra o relatório de Derrite, que, segundo Renan, é amplamente rejeitado.