- A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS avança na investigação de fraudes em empréstimos consignados, atingindo mais de 1,6 milhão de aposentados e com danos que podem chegar a bilhões de reais.
- As práticas investigadas incluem assédio a aposentados e concessão de crédito sem consentimento.
- Parlamentares esperam indiciar suspeitos em 2026, com análise de transações entre fevereiro e março de 2026 e aprovação de quebras de sigilo de bancos e instituições financeiras; também há proposta de suspensão das cobranças por 180 dias.
- O presidente da CPMI, Carlos Viana, classificou o esquema como o maior de fraudes contra aposentados da história.
- O relatório deve ficar pronto até 28 de março de 2026; investigações revelam fluxo milionário que saiu dos aposentados por meio de associações e empresas de fachada, e o relator Alfredo Gaspar destacou a busca pelo rastro do dinheiro, com possíveis ligações políticas; o STF tem decisões que permitem silêncio dos investigados e a Polícia Federal tem impulsionado os trabalhos.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS avança na investigação de fraudes em empréstimos consignados, afetando mais de 1,6 milhão de aposentados. As estimativas indicam danos que podem chegar a bilhões de reais. A CPMI se concentra em práticas abusivas, como assédio a aposentados e concessão de crédito sem consentimento.
Os parlamentares esperam apresentar indiciamentos de suspeitos em 2026, com foco na análise de transações realizadas entre fevereiro e março de 2026. A comissão busca aprovar quebras de sigilo de bancos e instituições financeiras, além de propor a suspensão das cobranças por 180 dias. O presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), classificou o esquema como “o maior de fraudes contra aposentados da história”.
Próximos passos da CPMI
A CPMI planeja concluir seu relatório até 28 de março de 2026. As investigações já revelaram um “fluxo milionário” de recursos que saíram dos aposentados, passando por associações e empresas de fachada. O relator, Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que o objetivo é seguir “o rastro do dinheiro”, que pode indicar conexões com influências políticas.
Entretanto, a CPMI enfrenta desafios, como decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitem que investigados permaneçam em silêncio durante os depoimentos. A oposição tem pressionado para que a investigação não termine sem punições. Apesar dos entraves, operações da Polícia Federal têm dado novo impulso aos trabalhos da CPMI, que busca garantir a responsabilização dos envolvidos nas fraudes.