- A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS cancelou a sessão de 17 de novembro após Thiago Schettini obter habeas corpus e Jucimar Fonseca apresentar atestado médico; ambos não compareceram.
- Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, é investigado por suposto desbloqueio em lote de descontos para entidades ligadas ao INSS; tem 11 requerimentos de convocação, sigilos bancário e fiscal quebrados, e recorreu ao STF com habeas corpus.
- Schettini, apontado como facilitador no esquema, teve três pedidos de convocação aprovados e, segundo documentos, há ligações entre suas viagens e operações financeiras suspeitas.
- A operação Sem Desconto resultou na prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outras oito pessoas; o esquema envolve propinas e desvios milionários, com manipulações nos sistemas de consignação do INSS.
- A CPMI deve remarcar as oitivas enquanto avança as investigações sobre o núcleo político apontado pela Polícia Federal.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS cancelou a sessão agendada para o dia 17 de novembro. O adiamento ocorreu após os depoentes convocados, Thiago Schettini e Jucimar Fonseca da Silva, apresentarem justificativas para não comparecer. Schettini, apontado como “facilitador” no esquema de fraudes, obteve um habeas corpus que lhe assegura o direito de não depor. Já Fonseca enviou um atestado médico alegando incapacidade para participar da oitiva.
Jucimar Fonseca, ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, está sob investigação por supostamente estar envolvido no desbloqueio em lote de descontos para entidades ligadas ao INSS. Ele é alvo de 11 requerimentos de convocação e teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados. Além disso, responde a um pedido de prisão preventiva apresentado pela CPMI e também recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um habeas corpus.
Operação Sem Desconto
A sessão cancelada aconteceria pouco após uma nova fase da Operação Sem Desconto, que resultou na prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outras oito pessoas. As investigações revelam um esquema de propinas e desvios milionários, com manipulações nos sistemas de consignação do INSS. Os crimes em apuração incluem organização criminosa, estelionato previdenciário e corrupção.
Schettini, que teve três pedidos de convocação aprovados, é investigado por ter recebido recursos de entidades associativas. Documentos analisados pela CPMI indicam ligações entre suas viagens e operações financeiras suspeitas. A CPMI deve remarcar as oitivas enquanto avança nas investigações sobre o “núcleo político” apontado pela Polícia Federal.