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Lei mais dura contra facções avança na Câmara dos Deputados

Câmara aprova lei antifacção; endurece penas a facções de vinte a quarenta anos, com uso de tecnologia, confisco sem condenação; segue para o Senado

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Motta bancou escolha de Derrite como relator do PL antifacção e Câmara aprovou sexta versão do substitutivo ao texto original. (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)
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  • A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), um novo projeto antifacção, substituído pelo relator Guilherme Derrite (Partido Progressista de São Paulo), e encaminhou a proposta ao Senado.
  • As penas para crimes de facções ficaram entre 20 e 40 anos, podendo dobrar caso haja uso de tecnologia, como drones.
  • O texto impede que presos progridam para regimes mais brandos e proíbe o voto de condenados.
  • Medidas adicionais incluem julgamento de homicídios por facções por colegiado de juízes, audiências de custódia por videoconferência e confisco de bens de origem ilícita sem condenação definitiva.
  • A aprovação gerou críticas, com a ministra Gleisi Hoffmann chamando o movimento de lambança legislativa; o governo aguarda a análise do Senado para negociar alterações.

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), um novo projeto de lei antifacção que endurece as penas para crimes organizados. O relator, Guilherme Derrite (PP-SP), substituiu a proposta original do governo, levando a críticas sobre a constitucionalidade do texto. Agora, a proposta segue para o Senado.

Entre as principais mudanças, as penas para crimes relacionados a facções foram elevadas para 20 a 40 anos, podendo dobrar caso haja uso de tecnologia como drones. O texto também impede que presos progridam para regimes mais brandos e proíbe o voto de condenados. A ministra Gleisi Hoffmann criticou a aprovação, considerando-a uma “lambança legislativa”.

Medidas Adicionais

O projeto estabelece que homicídios cometidos por facções serão julgados por um colegiado de juízes, visando proteger jurados de possíveis ameaças. Também está prevista a realização de audiências de custódia por videoconferência, além de facilitar o confisco de bens de origem ilícita, mesmo sem condenação definitiva.

A proposta, que classifica facções como “organizações ultraviolentas”, foi vista como uma derrota para o governo Lula, que buscava um texto mais brando. Apesar das tentativas de incluir a equiparação de facções a organizações terroristas, essa medida foi rejeitada. O presidente da Câmara, Hugo Motta, barrou novas tentativas de reinclusão desse ponto.

O próximo passo será a análise do projeto pelo Senado, onde o governo espera negociar alterações, considerando a versão atual inadequada e com possíveis inconstitucionalidades. A aprovação na Câmara marca um avanço significativo no combate ao crime organizado no Brasil.

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