- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou as articulações para indicar Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal; Lula se reuniu com o senador Rodrigo Pacheco na noite de segunda-feira, 17, para consolidar o apoio dele no Senado.
- A escolha de Messias ganha relevância após a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso.
- O apoio de Pacheco é visto como crucial para obter os 41 votos necessários para a aprovação, especialmente após a recondução do procurador-geral da República Paulo Gonet ter sido aprovada por 45 votos a 26.
- A oposição, que havia apoiado Gonet em 2023, passou a agir contra ele, refletindo insatisfação com a atuação da Procuradoria-Geral da República nas investigações envolvendo Jair Bolsonaro.
- Lula pretende falar com outros cotados, como o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas, antes de formalizar a decisão, e a data do anúncio continua indefinida.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou suas articulações para a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), realizada na noite de segunda-feira, 17, Lula buscou consolidar o apoio do senador na condução do processo no Senado. A escolha de Messias se torna ainda mais relevante após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
O apoio de Pacheco é crucial para reduzir as resistências que surgiram após a votação da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que ocorreu com um placar apertado de 45 votos a 26. Essa votação foi vista como um recado do Congresso ao governo, evidenciando que a oposição está disposta a dificultar futuras sabatinas. A movimentação da direita, que em 2023 havia apoiado Gonet, agora se volta contra ele, refletindo a insatisfação com a atuação da PGR nas investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Papel de Rodrigo Pacheco
A participação de Pacheco na articulação é considerada estratégica, uma vez que ele pode ajudar a garantir os 41 votos necessários para a aprovação da indicação de Messias. Auxiliares de Lula acreditam que a situação de Messias é menos contenciosa em comparação à de Gonet, já que o advogado-geral não está diretamente ligado a investigações que possam gerar retaliações. Além disso, congressistas do centro, que atuam como mediadores entre governo e oposição, não demonstram interesse em um confronto aberto com um futuro ministro do STF.
Ainda assim, a data para o anúncio da indicação permanece indefinida. Lula também planeja conversar com outros candidatos, como o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, antes de formalizar sua decisão sobre a indicação.