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Trabalhadores da construção no Reino Unido correm risco de escravidão moderna, alerta instituição beneficente

Avaliação indica vulnerabilidade contínua da construção britânica a escravização moderna; 492 chamadas em 2024, Unseen aponta necessidade de fiscalização mais rigorosa

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
London construction cranes at night. Campaigners say the construction industry is vulnerable to modern slavery and labour exploitation.
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  • Centenas de trabalhadores no setor de construção do Reino Unido enfrentam risco de escravidão moderna; dados de 2024 da ONG Unseen apontam 492 chamadas na linha de ajuda, ficando atrás apenas do setor de cuidados, com 586 chamadas.
  • A ministra de proteção, Jess Phillips, destacou a vulnerabilidade contínua da construção, a necessidade de mudanças culturais e maior fiscalização, afirmando que o progresso não pode violar direitos dos trabalhadores.
  • A instituição CCLA expressou preocupações sobre conformidade com a Lei de Escravidão Moderna de dois mil e quinze; estudo da Universidade de Oxford aponta lacunas de conhecimento e de dados sobre exploração no setor.
  • Um caso emblemático envolve Frank, que veio da Barbados com o filho de 14 anos e viu-se em condições de escravidão por mais de três anos, sob ameaças para manter o trabalho e a segurança do filho.
  • A tramitação de um projeto de lei sobre direitos trabalhistas no Parlamento é citada como contexto para o fortalecimento de proteções contra exploração no setor.

Centenas de trabalhadores no setor de construção do Reino Unido enfrentam riscos de escravidão moderna, conforme apontam dados da ONG Unseen. Em 2024, o setor foi identificado como uma área de risco crescente, recebendo 492 chamadas para a linha de ajuda da organização, ficando atrás apenas do setor de cuidados, que registrou 586 chamadas.

A ministra de proteção, Jess Phillips, destacou a vulnerabilidade contínua da construção e a necessidade de mudanças culturais e maior fiscalização. Durante um encontro com representantes do setor, ela enfatizou que, embora a construção seja fundamental para a economia, a exploração de trabalhadores é uma preocupação crescente. “Precisamos garantir que o progresso não venha às custas dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.

Além disso, a CCLA, maior gestora de ativos de caridade do Reino Unido, expressou preocupações sobre a conformidade com a Lei de Escravidão Moderna de 2015. A pesquisa da Universidade de Oxford revelou lacunas significativas no conhecimento sobre a exploração trabalhista no setor, sugerindo que a falta de dados e mecanismos de fiscalização pode ocultar a verdadeira extensão do problema.

Casos de Exploração

Um caso emblemático é o de Frank, que foi enganado ao vir da Barbados com seu filho de 14 anos. Ele relata ter vivido mais de três anos em condições de escravidão na construção. Frank descreveu sua jornada de trabalho sob ameaças e condições extremas, onde a segurança de seu filho era utilizada como pressão. “Se eu não fizesse o trabalho, eles iriam matar meu filho”, disse.

A situação de Frank ilustra a complexidade da exploração no setor, onde muitos trabalhadores são isolados e suas condições de trabalho permanecem invisíveis. A falta de transparência nas cadeias de fornecimento e o uso de mão de obra migrante são fatores que contribuem para essa realidade alarmante. A necessidade de um fortalecimento nas proteções contra a exploração trabalhista é evidente, especialmente com a tramitação de um projeto de lei sobre direitos trabalhistas no Parlamento.

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