- A CPMI do INSS intensificou investigações sobre a atuação da Advocacia-Geral da União (AGU) em descontos irregulares de entidades associativas, incluindo o Sindnapi, ligado ao irmão do presidente; a pressão aumentou com a indicação de Messias para o STF.
- A CPMI quer ouvir Messias antes da sabatina no Senado, com parlamentares afirmando que a AGU demorou a agir mesmo após alertas internos sobre fraudes; o relator Alfredo Gaspar destacou que a AGU tinha informações desde abril de 2024, mas só atuou um ano depois.
- A oposição critica a atuação da AGU, dizendo que Messias ignorou documentos internos que apontavam irregularidades; líder da oposição, Rogério Marinho, afirmou que a lentidão indica proteção a entidades ligadas ao governo.
- A AGU sustenta que bloqueios de bens, já somando R$ 2,8 bilhões, ocorreram apenas após a confirmação de evidências; o órgão afirma ter incluído o Sindnapi nas ações somente após a abertura de novos Processos Administrativos de Responsabilização.
- As implicações para a indicação de Messias incluem clima de incerteza sobre a sabatina no STF; especialistas dizem que a percepção de proteção a entidades do governo pode atrapalhar a candidatura, com a CPMI avaliando se houve omissão deliberada.
A CPMI do INSS intensificou suas investigações sobre a atuação da Advocacia Geral da União (AGU) em relação a descontos irregulares de entidades associativas, incluindo o Sindnapi, vinculado ao irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pressão aumentou após a indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), com parlamentares exigindo esclarecimentos sobre a suposta omissão da AGU em relação a alertas internos.
A CPMI pretende ouvir Messias antes de sua sabatina no Senado. Parlamentares argumentam que a AGU demorou a agir contra o Sindnapi, mesmo após alertas sobre fraudes. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, destacou que a AGU tinha informações desde abril de 2024, mas só tomou medidas um ano depois, levantando suspeitas de uma possível “blindagem” ao sindicato.
Oposição e Críticas
A oposição no Senado critica fortemente a atuação da AGU, afirmando que Messias ignorou documentos internos que indicavam irregularidades. O líder da oposição, Rogério Marinho, afirmou que a lentidão da AGU em agir é um indicativo de proteção a entidades ligadas ao governo. Outros deputados também corroboraram essa visão, sugerindo que a AGU agiu apenas sob pressão.
A AGU, por sua vez, defende sua postura, afirmando que os bloqueios de bens, que já somam R$ 2,8 bilhões, foram realizados somente após a confirmação de evidências concretas. Segundo o órgão, o Sindnapi só foi incluído nas ações após a abertura de novos Processos Administrativos de Responsabilização.
Implicações para a Indicação de Messias
A situação gera um clima de incerteza em relação à aprovação da indicação de Messias para o STF. Especialistas apontam que a percepção de proteção a entidades ligadas ao governo pode fragilizar sua candidatura. A CPMI também investiga se um acordo interinstitucional firmado anteriormente influenciou a lentidão da AGU em agir contra o Sindnapi.
A audiência na CPMI, que ainda precisa ser agendada, poderá ser crucial para esclarecer as ações da AGU e o papel de Messias nesse contexto. A pressão política aumenta, com a possibilidade de que a CPMI considere a omissão deliberada, o que poderia impactar diretamente a sabatina no Senado.