- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, se abraçaram durante um culto da Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo, na última sexta-feira, 21 de novembro.
- O encontro ocorre em meio à expectativa pela sabatina de Messias, indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Mendonça já ocupou a AGU no governo de Jair Bolsonaro; Messias é seu substituto e enfrenta confirmação no Senado. A oposição questiona vínculos de Messias com Lula e com Dilma Rousseff.
- A sabatina carrega polêmicas sobre identidade religiosa e visão política do indicado, com debate sobre ser mais próximo do Partido dos Trabalhadores do que da fé. Também há pressão por maior diversidade no STF.
- Após o abraço, surgem rumores de que Mendonça possa tentar facilitar a aprovação; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, precisa agendar a sabatina e planeja conversar com Lula antes de definir a data, o que pode influenciar o desfecho.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, se abraçaram durante um culto na Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo, na última sexta-feira, 21 de novembro. A interação entre os dois líderes evangélicos ocorre em meio à expectativa em torno da sabatina de Messias, indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mendonça, que já ocupou a AGU durante o governo de Jair Bolsonaro, foi indicado ao STF e agora vê Messias, seu sucessor, enfrentando um processo de confirmação no Senado. A oposição tem levantado questões sobre os vínculos de Messias com o governo Lula e sua ligação com a ex-presidente Dilma Rousseff, o que pode influenciar a votação em seu favor ou contra.
Pressões e Expectativas
A sabatina de Messias no Senado está cercada de polêmicas, principalmente em relação à sua identificação religiosa e política. Apesar de ser evangélico, ele é frequentemente descrito como mais alinhado ao Partido dos Trabalhadores do que à sua fé. O contexto se complica ainda mais pela pressão por uma maior diversidade no STF, uma vez que Lula anunciou a indicação de um homem branco em um momento em que muitos esperavam uma mulher negra.
A história brasileira mostra que apenas cinco ministros foram rejeitados em sabatinas, todos durante o governo de Floriano Peixoto. A resistência a Messias também vem de grupos identitários, que questionam a escolha de Lula neste momento crítico para a representatividade na Corte.
Próximos Passos
Após o abraço entre Mendonça e Messias, especula-se que o ministro do STF possa atuar para facilitar a aprovação do indicado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ainda precisa agendar a votação, mas pretende conversar com Lula antes de definir a data. A expectativa é de que essa conversa possa influenciar o desfecho da sabatina, que poderá definir o futuro do STF nos próximos anos.