- Em vinte de novembro de dois mil e vinte e cinco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação de Jorge Rodrigo Araújo Messias para o Supremo Tribunal Federal, para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
- A sabatina ocorrerá na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, seguida de votação no plenário. Messias, que é advogado-geral da União, pode permanecer no STF por até trinta anos se for aprovado pelos senadores.
- Messias é evangélico e membro da Igreja Batista. A indicação é vista pelo governo como medida para reforçar laços com o público evangélico.
- A bancada evangélica no Congresso reagiu de forma diversa: deputados como Otoni de Paula (MDB) apoiam, Sóstenes Cavalcante (PL) critica, Damares Alves (Republicanos) tem reservas e Cezinha de Madureira (Assembleia de Deus Madureira) defende a nomeação.
- Analistas acreditam em boas chances de aprovação no Senado, ressaltando a trajetória técnica de Messias. Caso confirmado, pode atuar como ponte entre o governo e líderes religiosos, influenciando pautas futuras e refletindo a diversidade de opiniões dentro da comunidade evangélica.
Na quinta-feira, 20 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação de Jorge Rodrigo Araújo Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha ocorre em um contexto de aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. Messias, que é evangélico e membro da Igreja Batista, atualmente ocupa o cargo de Advogado-Geral da União e pode permanecer no STF por até 30 anos, caso sua nomeação seja aprovada pelo Senado.
A sabatina de Messias será realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, seguida da votação em plenário. O advogado, que possui uma trajetória técnica sólida, se comprometeu a honrar a confiança depositada nele, afirmando que encara a missão com fé, humildade e integridade. Sua indicação é vista como um movimento estratégico do governo para estreitar laços com o crescente público evangélico.
Reações do Movimento Evangélico
A bancada evangélica no Congresso apresenta reações diversas à indicação de Messias. Enquanto alguns parlamentares celebram sua escolha como um símbolo de representatividade, outros levantam questionamentos sobre sua origem partidária e se ele realmente representa a maioria dos evangélicos. O deputado Otoni de Paula, do MDB, manifestou apoio, destacando a fé de Messias, enquanto o deputado Sóstenes Cavalcante, do PL, criticou a indicação, chamando-o de “esquerdista evangélico”.
Damares Alves, senadora pelo Republicanos, expressou reticências, afirmando que Messias é pouco conhecido entre os evangélicos. Por outro lado, Cezinha de Madureira, da Assembleia de Deus Madureira, defendeu a indicação, considerando Messias qualificado e alinhado aos valores cristãos.
Perspectivas para a Sabatina e Impacto Político
Analistas políticos acreditam que Messias tem boas chances de aprovação no Senado, destacando sua sólida reputação como jurista. O apoio de figuras respeitadas entre senadores conservadores pode facilitar sua sabatina. A indicação não é apenas uma escolha simbólica, mas também uma estratégia de médio prazo para o governo Lula, visando reforçar os laços com o segmento evangélico, que representa uma parcela significativa da população brasileira.
Se confirmado, Messias poderá atuar como uma ponte entre o governo e líderes religiosos, ajudando a cultivar apoio evangélico para futuras pautas. Contudo, a reação crítica de setores mais liberais dentro do movimento evangélico revela que a nomeação não garante um alinhamento total, evidenciando a diversidade de opiniões dentro da comunidade.