- Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã de sábado, ainda em prisão domiciliar, sob suspeita de organização de vigília e tentativa de fuga.
- O caso coloca Bolsonaro no grupo de quatro ex-presidentes presos nos últimos sete anos, sendo o único sem relação com a corrupção da operação Lava Jato.
- Lula da Silva, Temer e Collor já foram presos anteriormente: Lula teve condenações por corrupção e lavagem de dinheiro anuladas pelo Supremo Tribunal Federal; Temer foi preso em 2019; Collor foi preso após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro.
- A decisão de prisão preventiva foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, sob alegação de garantia da ordem pública e risco de fuga, citando a proximidade do trânsito em julgado e a organização de vigília perto do condomínio do ex-presidente.
- Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde agosto, resultado de investigações por coação, obstrução de justiça e suposta interferência de autoridades estrangeiras, com medidas restritivas como tornozeleira, monitoramento e proibição de uso de redes sociais.
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), ainda em prisão domiciliar. A decisão, tomada pelo STF, aponta garantia da ordem pública devido à organização de uma vigília perto do condomínio onde ele reside e a suspeita de tentativa de violação da tornozeleira. A hipótese é de que Bolsonaro planejava fugir, possivelmente buscando refúgio na embaixada dos EUA.
A prisão ocorreu após Moraes indicar alta probabilidade de fuga diante de novos fatos apresentados. A avaliação citou a proximidade da vigília com a residência do ex-presidente e a suposta organização de apoiadores para o ato, já que a decisão envolve medidas de monitoramento e segurança.
Contexto histórico das prisões de ex-presidentes nos últimos sete anos, sem vínculos diretos com a Lava Jato, é apresentado para situar o caso. Lula, Temer e Collor foram presos entre 2018 e 2024, com motivações diversas, e cada um teve desfechos jurídicos distintos.
Contexto histórico
Lula, condenado em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, ficou 580 dias preso; a sentença envolveu supostos recebimentos de propina relacionadas a contratos da Petrobras e à Odebrecht. Em 2019, o STF retomou a dúvida sobre a prisão em segunda instância, abrindo caminho para a soltura.
Temer foi detido em 2019 pela acusação de chefiar organização criminosa ligada à usina Angra 3. A prisão foi revogada quatro dias depois por habeas corpus, sob avaliação de que indícios eram antigos.
Collor foi preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionado a contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. A pena somou 8 anos e 10 meses, mantida após recursos.
Bolsonaro permanece cumprindo prisão preventiva em ambiente domiciliar, com restrições de contato e uso de redes sociais. Em setembro, o STF manteve a condenação do ex-presidente por crimes como tentativa de golpe, organização criminosa e dano ao patrimônio tombado.