Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Como a ficção de ontem antecipa a política de amanhã

Boucheron conecta ficções políticas históricas a Trump, Game of Thrones e sátira, mostrando como a ficção molda o poder na era da pós-verdade

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
A book in the background and Donald Trump in the foreground in a photo illustration.
0:00 0:00
  • O livro Political Fictions, de Patrick Boucheron, propõe que as ficções moldam o poder, indo além da retórica dos governantes.
  • O foco é a Europa medieval, com exemplos como Gesta Hungarorum, a Eucaristia e a ideia de que “o rei está morto, viva o rei” ajudam a entender a relação entre mito, Igreja e Estado.
  • O volume é composto por palestras proferidas em 2017 no Collège de France, criado para marcar a posse de Donald Trump e discutir a relação entre poder e verdade.
  • Boucheron relaciona ficções políticas antigas com o presente, discutindo ficções populares como Game of Thrones e comparando Trump a vilões de quadrinhos, além de analisar Mussolini e Putin.
  • O autor sustenta que as ficções políticas atuais pré-organizam o presente e examina os limites da sátira e do humor na política.

O livro Political Fictions, de Patrick Boucheron, reúne palestras proferidas em 2017 no Collège de France para discutir como ficções moldam o poder. O texto atualiza a discussão para o presente da pós-verdade, conectando ficções populares a politics contemporânea. Exemplos vão de Dante a Game of Thrones, passando pela era de Trump e pela função da sátira no poder.

A obra não busca apenas analisar retórica histórica, mas entender como ficções — medievais, litúrgicas e literárias — ajudam a modelar realidades políticas. Autores e imagens antigas são usados para ler o presente, incluindo a transubstanciação, a figura do rei e o corpo político.

Conteúdos e exemplos

Boucheron analisa como textos como a Gesta Hungarorum e a ideia de um corpo político imortal ajudam a legitimar regimes. A análise estende-se a símbolos como o retrato do rei e a transformação ritual da Eucaristia, que moldaram a relação entre fé, poder e Estado.

Polo contemporâneo e sátira

O autor destaca que hoje as ficções mais potentes vêm de filmes e séries, com destaque para Game of Thrones. Ele compara a ascensão de Trump a referências de cinema, destacando a dificuldade de satirizar figuras consideradas inatingíveis. A leitura sugere que a falsidade estrutural da verdade passa a operar como técnica de governo.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais