- O ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de prisão domiciliar humanitária e a autorização de visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, por conta do estado de saúde.
- Bolsonaro foi preso preventivamente em Brasília sob alegação de risco de fuga, durante vigília de apoiadores.
- Moraes marcou audiência de custódia para domingo; até lá, o ex-presidente pode receber apenas advogados e a equipe médica.
- Pedidos de visitas feitos por governadores e deputados foram considerados prejudicados, entre eles Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Guilherme Derrite e Evair Vieira.
- A Secretaria aponta risco de fuga ao mencionar possível refúgio na Embaixada dos Estados Unidos; ex-mandatário chegou à Superintendência da Polícia Federal por volta das 6h35 para exame de corpo de delito.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou neste sábado o pedido de prisão domiciliar humanitária apresentado pela defesa de Jair Bolsonaro, citando o estado de saúde do ex-presidente. A decisão ocorreu após Bolsonaro ter sido preso preventivamente em Brasília sob o argumento de risco de fuga, em meio a vigília organizada por apoiadores.
A audiência de custódia ficou marcada para domingo, e, até lá, Bolsonaro só pode receber advogados e a equipe médica que o acompanha. A prisão foi anunciada após a PF indicar risco de fuga e a possibilidade de tentativa de romper a tornozeleira eletrônica durante a vigília. Moraes avaliou que os pedidos de visitas também estavam prejudicados.
Detalhes da decisão e próximos passos
A defesa requereu, além da prisão domiciliar, autorização para deslocamento exclusivo para tratamento médico. Governadores de RJ, SP e GO e alguns deputados também haviam solicitado visitas. A família e legalistas defendem que há condições de tratamento médico incompatíveis com prisão fechada. A defesa cita enfermidades múltiplas, incluindo cardiológicas, neurológicas e oncológicas, motivadas por sequelas de uma facada em 2018. A Secretaria de Segurança Pública mantém a decisão de custódia até nova decisão.