- No domingo, 23 de setembro de 2025, a defesa de Jair Bolsonaro protocolou manifestação no STF, apresentando argumentos sobre a violação da tornozeleira eletrônica.
- A defesa atribui o incidente a um estado de confusão mental provocado pela interação entre medicamentos, incluindo pregabalina, que seriam usados pelo ex-presidente.
- O laudo médico citado aponta efeitos colaterais como alterações no estado mental, com confusão e alucinações; segundo os advogados, Bolsonaro acreditava haver um dispositivo de escuta na tornozeleira e tentou abri-la.
- Vídeo da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal anexado ao processo mostra a tornozeleira intacta e Bolsonaro com fala confusa; defesa afirma que não houve intenção de remoção.
- A defesa ressalta que a residência de Bolsonaro é monitorada por policiais federais em condomínio fechado, sostendo não haver risco de fuga e solicitando reconsideração da prisão preventiva.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (23), atribuindo a violação da tornozeleira eletrônica a um estado de confusão mental resultante de uma interação de medicamentos. O episódio ocorreu no sábado (22) e é um dos fundamentos para a prisão do ex-presidente. A manifestação atende a um prazo determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Os advogados de Bolsonaro, Celso Vilardi, Paulo Bueno e Daniel Tesser, solicitaram que a Justiça considere a situação de saúde do ex-presidente, que, segundo eles, apresenta comorbidades e faz uso de diversos medicamentos que afetam o sistema nervoso central. A defesa já havia pedido anteriormente a concessão de prisão domiciliar humanitária, citando o estado de saúde do ex-presidente.
Interação Medicamentosa
O laudo médico mencionado pela defesa aponta que a introdução da pregabalina em sua medicação, sem conhecimento da equipe responsável, teria causado efeitos colaterais severos. Entre os sintomas, foram relatados alterações do estado mental, como confusão e alucinações. Segundo a defesa, Bolsonaro acreditava que havia um dispositivo de escuta na tornozeleira, o que o levou a tentar abrir o equipamento.
Um vídeo da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) foi anexado ao processo, mostrando a integridade da tornozeleira e Bolsonaro com fala confusa. A defesa argumenta que não houve intenção de remover o dispositivo e que o comportamento do ex-presidente foi compatível com os efeitos adversos dos medicamentos.
Segurança e Monitoramento
Os advogados também afirmam que não há risco de fuga, uma vez que a residência de Bolsonaro é monitorada por policiais federais e está localizada em um condomínio fechado. Essa situação, segundo eles, inviabilizaria qualquer tentativa de deixar o local sem autorização, mesmo que a tornozeleira fosse desligada.
Diante das novas informações sobre o estado de saúde de Bolsonaro, a defesa solicita a reconsideração da decisão que decretou sua prisão preventiva. A situação continua a ser acompanhada de perto pelo STF e pelas autoridades competentes.