- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), divulgou em nota nesta segunda-feira (24) que pautará a sabatina do indicado ao STF, Jorge Messias, “no momento oportuno” e com “absoluta normalidade”.
- Ele não citou Messias nominalmente, mas destacou ter tomado ciência da manifestação pública do indicado ao Supremo e que o processo deve ser analisado de forma livre e informada.
- Alcolumbre afirmou que o Senado cumprirá, com absoluta normalidade, a prerrogativa que lhe confere a Constituição.
- A indicação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e gerou descontentamento entre oposição e grupos identitários, que esperavam uma mulher negra para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.
- O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL), disse que a oposição será firme na sabatina, em meio à polarização e à busca de votos da base governista.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou, em nota divulgada nesta segunda-feira (24), que pautará a sabatina do indicado ao Supremo Tribunal Federal, Jorge Messias, “no momento oportuno” e com “absoluta normalidade”. A declaração ocorre em meio a tensões políticas e resistências à indicação do advogado-geral da União.
Alcolumbre não mencionou Messias nominalmente, mas destacou que tomou ciência da “manifestação pública do indicado ao Supremo”. Ele reforçou a importância do processo, afirmando que cada senador deve ter a oportunidade de analisar e votar a indicação de forma livre e informada. “O Senado cumprirá, com absoluta normalidade, a prerrogativa que lhe confere a Constituição”, disse.
A indicação de Messias, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou descontentamento em setores da oposição e entre grupos identitários, que esperavam uma indicação de uma mulher negra para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL), afirmou que a oposição será firme durante a sabatina, lembrando o placar apertado na recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República.
Resistência à Indicação
Messias enfrenta críticas, sendo visto por alguns como “mais petista do que evangélico”. O descontentamento se intensificou após a escolha de um homem branco para a vaga no dia da Consciência Negra, 20 de novembro. Caso aprovado, ele se tornará o quarto ministro de Lula na Primeira Turma do STF, onde tramitam processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A expectativa agora recai sobre a condução da sabatina e a articulação de Messias para conquistar os votos necessários, principalmente entre a base governista, em um cenário de crescente polarização política.