- Lula afirmou na Cúpula do G20, em Joanesburgo, que a prisão de Jair Bolsonaro não impacta as relações entre Brasil e Estados Unidos; o ex-presidente está em prisão preventiva e foi condenado pelo STF a 27 anos por tentativa de golpe em 2022.
- A prisão ocorreu após tentativas de queima da tornozeleira eletrônica; o STF avaliou a possibilidade de fuga para a embaixada dos EUA; Lula destacou que a justiça brasileira deve ser respeitada.
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia criticado o processo contra Bolsonaro como caçada às bruxas e impôs tarifas ao Brasil, suspensas depois de encontro entre os dois em outubro.
- Lula ressaltou a soberania da justiça brasileira e a autonomia das decisões do país, reforçando que as decisões internas são definitivas.
- A situação amplia a dinâmica entre Brasil e EUA, com a direita brasileira sem candidato forte para as eleições de 2026 e Lula sinalizando interesse em um quarto mandato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a prisão de Jair Bolsonaro não impacta as relações entre Brasil e Estados Unidos. A declaração foi feita durante a Cúpula do G20, realizada em Joanesburgo, na África do Sul, neste domingo, 23. Bolsonaro, que está em prisão preventiva, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos por tentativa de golpe contra Lula em 2022.
A prisão de Bolsonaro ocorreu após tentativas de queima da tornozeleira eletrônica, que controla sua prisão domiciliar. Lula destacou que a situação do ex-presidente é uma questão interna e que a justiça brasileira deve ser respeitada. “Acho que o Trump tem que saber que nós somos um país soberano”, afirmou.
Relação com Trump
A relação entre Lula e o presidente americano, Donald Trump, já passou por tensões. Trump havia criticado o processo judicial contra Bolsonaro, chamando-o de “caça às bruxas”. Em resposta, impôs tarifas punitivas ao Brasil em agosto. No entanto, essas tarifas foram suspensas após um encontro entre os dois líderes em outubro.
Lula enfatizou que a justiça brasileira é soberana e que as decisões tomadas no país são definitivas. O STF também considerou a possibilidade de fuga de Bolsonaro para a embaixada dos Estados Unidos. A condenação do ex-mandatário deixa a direita brasileira sem um candidato forte para as eleições presidenciais de 2026, enquanto Lula já manifestou interesse em concorrer a um quarto mandato.
A situação atual evidencia uma nova dinâmica nas relações políticas e diplomáticas entre Brasil e EUA, com Lula reafirmando a autonomia do país em meio a pressões externas.
