- O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou ter rompido “todas” as relações com o líder do governo, Lindbergh Farias, citando mal-estar e desgaste com o PL Antifacção.
- Lindbergh Farias disse, nas redes, que o PL foi reprovado por especialistas e criticou facções, posição corroborada pela assessoria de Motta à imprensa.
- No Senado, o foco é a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal; o processo causou descontentamento quanto ao timing e à forma do anúncio.
- O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmou não saber o motivo do suposto rompimento entre Alcolumbre e ele, atribuindo divergências a informações incorretas da imprensa.
- Wagner informou que terá reunião com o presidente Lula e que o momento é de reduzir tensões; o Senado informou que analisará Messias, destacando histórico de indicações aprovadas desde o governo anterior.
O Congresso vive novo episódio de mal-estar com o governo Lula, com rupturas aparentes entre o Palácio do Planalto e líderes da Câmara e do Senado. Nesta segunda-feira (24), o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou ter rompido todas as relações com o líder do governo na Casa. Motta disse à Folha que não mantém mais contato com Lindbergh Farias. A declaração foi confirmada pela assessoria de Motta à Gazeta do Povo.
Em entrevista pública, Lindbergh criticou o PL Antifacção, afirmando que especialistas reprovaram a medida e que o texto favorece facções. O desgaste no Legislativo acompanha tensões entre o Congresso e o Executivo, com avaliações sobre desinformação e uso político de pautas.
Turbulência no Senado e força de indicação
O Senado analisa a indicação de Jorge Messias para o STF, com ressalvas sobre o timing e a condução do anúncio. O nome seria do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, segundo apuração, mas a forma de condução foi apontada como problema entre autoridades. O clima é de contenção.
Jaques Wagner, líder do governo no Senado, disse não saber o motivo de um possível rompimento com Davi Alcolumbre, atribuindo as informações erradas à imprensa. Wagner afirmou manter relação de cooperação com Alcolumbre, mas reconheceu que a indicação de Messias gerou descontentamento na liderança anterior.
O senador sinalizou que haverá reunião com o presidente Lula para reduzir tensões. Não houve confirmação de votos suficientes para a aprovação de Messias, mas o Senado comunicou que, historicamente, não havia rejeição de indicações ao STF desde o período de Floriano Peixoto. A pauta permanece sob análise.