- Após o lançamento de um novo recurso na plataforma X, há evidências de que muitos perfis que se apresentam como americanos são, na prática, gerenciados por usuários de outros países.
- Contas de raiva política, inicialmente tidas como americanas, foram rastreadas até Nigéria, Bangladesh, Tailândia e Europa Oriental.
- A X informou ter removido dados de criação de contas e implementado avisos de localização, alegando uso de VPNs e proxies que podem distorcer a origem.
- Especialistas apontam que a maioria dessas contas não é genuína e algumas podem estar ligadas a campanhas de influência patrocinadas por estados, como Rússia e China.
- Além do objetivo político, há motivação financeira: a monetização na plataforma pode gerar ganhos significativos em nações em desenvolvimento, ampliando o alcance da desinformação online.
Após o lançamento de um novo recurso na plataforma X, surgiram evidências de que muitos perfis que se apresentam como americanos, especialmente os que apoiam a campanha MAGA, na verdade são gerenciados por usuários de outros países. Contas de raiva política, inicialmente identificadas como americanas, foram rastreadas até locais como Nigéria, Bangladesh, Tailândia e Europa Oriental.
A confirmação desse fenômeno revela a escala do problema de perfis falsos na plataforma. Uma análise apontou que perfis com nomes como ULTRAMAGA🇺🇸TRUMP🇺🇸2028 e outros, que alegam apoiar a política americana, na verdade operam a partir de regiões distantes. Além disso, um perfil verificado que se passava pelo ex-czar da fronteira, Tom Homan, foi encontrado na Europa Oriental, enquanto uma rede de supostas “mulheres independentes apoiadoras de Trump” se localizava na Tailândia.
Remoção de Dados e Implicações
Após as denúncias, a plataforma X removeu informações sobre a criação de contas e implementou avisos sobre a localização dos usuários, alegando que o uso de VPNs e proxies poderia distorcer dados de origem. Embora essa possibilidade exista, muitos especialistas acreditam que a maioria dessas contas não é genuína e que algumas podem estar ligadas a campanhas de influência patrocinadas por estados, como Rússia e China.
Essas ações visam criar confusão no sistema político americano, mas também existem motivações financeiras. O potencial de lucro com a monetização na plataforma, embora modesto em países desenvolvidos, pode ser significativo em nações em desenvolvimento, atraindo um número crescente de usuários que buscam ganhos financeiros. A situação destaca a complexidade da desinformação nas redes sociais e os desafios enfrentados por plataformas como X para manter a integridade das interações políticas online.