- Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou ofensiva internacional contra o ministro Alexandre de Moraes, visando denúncias formais à embaixadas em Brasília, à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA) em resposta à prisão de Jair Bolsonaro.
- A principal acusação contra Moraes é perseguição política e religiosa, com Sóstenes chamando-o de psicopata e dizendo que as denúncias exporão supostos abusos à Constituição.
- Sobre a prisão de Bolsonaro, Sóstenes afirma que o mérito foi a convocação para vigília de oração, e não a violação da tornozeleira eletrônica, alegando perseguição à fé.
- A pauta de anistia a Bolsonaro é considerada prioritária desde fevereiro; o deputado acredita que a aprovação pode ocorrer com mais de 290 votos, caso seja pautada, apesar de pressões de Moraes para atrasar.
- Em relação a Jorge Messias no STF, Sóstenes diz que ele é evangélico, mas classifica-o como mais petista do que evangélico, citando parecer favorável à legalização do aborto como evidência.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou nesta segunda-feira (24) o início de uma ofensiva internacional contra o ministro Alexandre de Moraes. A iniciativa envolve denúncias formais a embaixadas em Brasília e a órgãos como a ONU e a OEA, em resposta à prisão de Jair Bolsonaro. A acusação central é de perseguição política e religiosa.
Sóstenes afirmou que Moraes é responsável por abusos que desrespeitam a Constituição, e chegou a chamá-lo de psicopata em alto grau. A ofensiva também visa sustentar a pauta de anistia a Bolsonaro, com expectativa de votação que, segundo ele, pode superar 290 votos.
Estratégia internacional e seus objetivos
Segundo o deputado, a denúncia busca expor o que vê como perseguição à fé ligada à prisão de Bolsonaro, destacando a vigília de oração como elemento-chave da decisão. Ele afirma que, na decisão de 17 páginas, 14 tratam da vigília e apenas um parágrafo aborda a tornozeleira, o que, na visão dele, caracteriza discriminação religiosa.
Cavalcante acrescenta que, desde fevereiro, a pauta única do PL com a presidência da Câmara é a anistia a Bolsonaro. Critica, ainda, a escolha de Dosimetria pelo ex-presidente Michel Temer, chamando o termo de erro de marketing. O parlamentar sustenta que o parlamento pode aprovar a anistia, que perdoa os crimes, sem haver avaliação de penas.
Pautas legais e andamento
A votação da anistia depende de colocar o projeto na pauta pelo presidente da Câmara. Sóstenes acredita que, se isso ocorrer, o apoio pode ficar acima de 290 votos. O parlamentar também afirma que Moraes atua para pressionar os presidentes das Casas para impedir o avanço do tema, e que, com a ausência do presidente da Câmara, a responsabilidade recai sobre o vice, Altineu Côrtes (PL-RJ).
Indicação de Jorge Messias ao STF
Sobre a indicação de Jorge Messias ao STF, Sóstenes reconhece que Messias é evangélico, mas o classifica como mais petista do que evangélico. O deputado sustenta que, segundo ele, Messias assinou parecer favorável à legalização do aborto em ação no STF, o que, na visão do líder, entra em conflito com princípios da fé evangélica.