- O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) assumiu nesta quinta-feira (27) a presidência nacional do PSDB, com foco nas eleições de dois mil e vinte e seis.
- Aécio informou que não apoiará a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem candidaturas da família Bolsonaro, e que o partido buscará reposicioná-lo no centro até 2030.
- Marconi Perillo deixa a presidência do PSDB e passa a comandar o Instituto Teotônio Vilela.
- O objetivo é recuperar a voz e a influência do PSDB, mirando quarenta deputados e fortalecendo atuação em estados onde a sigla perdeu força.
- O novo líder destacou que o PSDB pretende disputar o espaço do centro sem uma candidatura própria imediata, mas mantendo presença estratégica na política nacional.
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) assumiu nesta quinta-feira (27) a presidência nacional do PSDB, com uma postura definida para as eleições de 2026. O novo líder do partido anunciou que não apoiará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem qualquer candidatura da família Bolsonaro. Aécio foi eleito em chapa única e substituirá Marconi Perillo, que agora estará à frente do Instituto Teotônio Vilela.
Durante sua fala, Aécio reconheceu a fragilidade do PSDB, que já teve um papel significativo na política brasileira, mas chegou às últimas eleições sem um candidato à presidência. “Não apoiaremos candidatura da família Bolsonaro nem Lula em 2026”, afirmou em entrevista ao Estadão. O foco do partido será uma reformulação que visa reposicionar a legenda no centro do cenário político até 2030.
Reestruturação do PSDB
Aécio Neves enfatizou a necessidade de recuperar a voz e a influência do PSDB. O objetivo é obter 30 deputados e restaurar a relevância em estados onde a sigla perdeu força. Ele acredita que há um espaço na política para conquistar os votos de eleitores que não se sentem representados nem por Lula nem por Bolsonaro. “O Brasil real, que elegeu Fernando Henrique, não está representado por nenhum desses campos”, destacou.
Aécio também descartou qualquer possibilidade de aliança com candidatos da família Bolsonaro em 2026, mas deixou aberta a ideia de discutir uma candidatura de centro. “Não há possibilidade de aliança com candidatos da família Bolsonaro”, reiterou, ao mesmo tempo em que manifestou a intenção de marcar presença na disputa eleitoral, mesmo sem uma candidatura própria.
Perspectivas Futuras
O novo presidente do PSDB acredita que a ausência de figuras que polarizaram a política brasileira nos últimos anos abre espaço para uma nova abordagem. “Precisamos fazer com que o PSDB esteja pronto para ocupar seu espaço nessa avenida do Centro”, completou Aécio. A estratégia do partido será focar em um projeto que busque recuperar a musculatura política e reafirmar sua posição no cenário nacional.