- Por unanimidade, o Conselho de Ética do União Brasil aprovou parecer que recomenda a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária.
- O documento segue para a Executiva Nacional até 8 de dezembro, para decisão final.
- Sabino permanecia licenciado, participando de decisões da executiva nacional e do diretório estadual; deliberação foi adiada várias vezes.
- Caso seja expulsos, Sabino deverá buscar novo partido para concorrer ao Senado no próximo ano.
- A decisão ocorreu em reunião virtual na terça-feira 25; Sabino afirmou que está focado na COP-30 e não discutiu destino partidário.
Por unanimidade, o Conselho de Ética do União Brasil aprovou parecer que recomenda a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA). A decisão ocorreu durante reunião virtual na terça-feira, 25, e aponta infidelidade partidária ao manter alinhamento com posições contrárias à orientação do partido de romper com o governo Lula.
O parecer deverá seguir para a Executiva Nacional até o dia 8 de dezembro, para que haja a definição final. Sabino, que está licenciado da sigla, participou das decisões a nível nacional e estadual, ocupando vagas na executiva nacional e no diretório estadual.
A analisar o caso, o partido enfrentou ciclos de adiamento. Inicialmente marcado para o começo do mês, o assunto foi adiado a pedido da defesa e, depois, voltou a ser discutido nesta terça. O processo disciplinar foi aberto em outubro, quando Sabino teve afastamento temporário das atividades partidárias.
Contexto interno e desdobramentos
Caso seja expulsado, Sabino deverá buscar um novo partido para concorrer ao Senado no próximo ano. Em entrevista a CartaCapital, antes da reunião, o ministro afirmou estar focado na COP-30 e não discutiu destino partidário. Também pediu senso ao União e defendeu manter a linha pró-Lula.
A posição de Sabino gerou divisões internas no União Brasil, entre dirigentes que defendem rompimento com o governo e uma base no Congresso more favorável a manter o apoio ao Petista. Ele buscou manter a liderança com agenda de continuidade no governo.