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Cosme e Damião destacam caruru de ritual a restaurante premiado

Bahia reconhece o Caruru de São Cosme e Damião como Patrimônio Cultural Imaterial

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Caruru virou Patrimônio 27 de setembro é o • Leonardo Freire
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  • Em setembro de 2024, o Caruru de São Cosme e Damião foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia.
  • O caruru é um prato tradicional baiano, celebrado em 27 de setembro, que une catolicismo, candomblé e umbanda.
  • Feito com quiabo, camarão seco e azeite de dendê, o caruru simboliza fé, memória e partilha.
  • O chef Fabrício Lemos, do Grupo OriGem, destaca a importância desse reconhecimento para proteger e valorizar a tradição baiana.
  • O caruru tem raízes indígenas e africanas, e sua preparação é um ritual que envolve fé e partilha.

Em setembro de 2024, o Caruru de São Cosme e Damião foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia. Esse prato tradicional baiano, celebrado em 27 de setembro, une catolicismo, candomblé e umbanda, simbolizando fé, memória e partilha. Feito com quiabo, camarão seco e azeite de dendê, o caruru é mais do que uma comida; é uma tradição que resiste à intolerância religiosa e violência urbana.

Importância do reconhecimento

O chef Fabrício Lemos, do Grupo OriGem, destaca a importância desse reconhecimento. “A gente vinha assistindo a uma perda de força dessa tradição, muito em função da intolerância religiosa e também da violência urbana”, afirma. Esse reconhecimento é fundamental para proteger e valorizar a manifestação cultural baiana.

Tradição e resistência

O caruru tem raízes indígenas e africanas, e sua preparação é um ritual que envolve fé e partilha. “Você tem que trazer sete meninos da rua para dentro de casa e oferecer o caruru a eles antes de servir os convidados”, explica Fabrício. Esse gesto é um símbolo de proteção e um ato de resistência cultural.

Impacto cultural

O reconhecimento do caruru como patrimônio cultural imaterial é um passo importante para a preservação da identidade baiana. Fabrício Lemos ressalta que “esse reconhecimento é tão importante: ele nos ajuda a resistir e a continuar celebrando todos os anos”. O caruru é uma expressão poderosa da cultura baiana, que continua viva na memória e no afeto de quem o prepara e de quem o recebe.

Receita do caruru

Ingredientes: 500 g de quiabo, 100 g de camarão seco, 1/2 xícara de amendoim torrado, 1 cebola grande picada, 1 dente de alho, 1 pimenta-de-cheiro-doce, 1/2 xícara de castanha de caju, coentro a gosto, 2 colheres (sopa) de azeite de dendê, sal a gosto e água.

Modo de preparo: bata no liquidificador a cebola, o alho, a pimenta-de-cheiro, o amendoim, a castanha, o coentro e o sal. Lave e corte o quiabo, cozinhe-o por cerca de 10 minutos. Junte o tempero batido e deixe cozinhar por mais 15 minutos. Quando as sementes do quiabo estiverem roxas, está pronto. Retire o excesso de baba, ajuste o sal e finalize com o azeite de dendê.

O caruru é mais do que um prato; é uma tradição que une gerações e resiste ao tempo. Com o reconhecimento como patrimônio cultural imaterial, essa manifestação baiana ganha ainda mais valor e visibilidade, garantindo que a memória e a fé que ele representa continuem vivas.

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