A Eletrobras está em um momento tenso com a assembleia de acionistas marcada para o dia 29 de abril, onde será decidido quem fará parte do conselho de administração e qual será a participação do governo na empresa. Marcelo Gasparino, que busca a reeleição e representa acionistas privados, criticou a administração da Eletrobras por favorecer seus próprios candidatos e desqualificar outros, incluindo ele mesmo, em uma carta aberta. Gasparino, que também é conselheiro na Vale e deixou recentemente um cargo na Petrobras, afirmou que a direção da Eletrobras está promovendo sete candidatos escolhidos por ela e tentando deslegitimar as candidaturas de acionistas com experiência na empresa. Ele rebateu críticas sobre seu desempenho citando um relatório da consultoria Spencer Stuart, que elogiou sua experiência em governança e sua contribuição estratégica. Gasparino também criticou a postura da Eletrobras em relação a opiniões divergentes e lembrou que ex-dirigentes foram desqualificados após saírem da companhia. Ele alertou para uma cultura na Eletrobras que classifica profissionais como “bons” ou “maus”, dependendo da conveniência, e destacou que o verdadeiro risco à governança está em silenciar opiniões diferentes.
Disputa acirrada marca assembleia da Eletrobras por renovação do conselho
A Eletrobras enfrenta crescente tensão com a aproximação da assembleia de acionistas, agendada para 29 de abril. A reunião definirá a composição do conselho de administração e a participação do governo na gestão da empresa.
Marcelo Gasparino, candidato à reeleição pelo bloco de acionistas privados, denunciou uma suposta campanha da administração da Eletrobras para promover seus candidatos e desqualificar outros, incluindo sua própria candidatura. A denúncia foi feita em carta aberta aos acionistas.
Gasparino, que também atua como conselheiro na Vale e renunciou recentemente a um cargo na Petrobras, acusou a direção da Eletrobras de promover ativamente seus sete indicados ao conselho, enquanto tenta deslegitimar candidaturas de acionistas com histórico na companhia.
Relatório da Spencer Stuart elogia atuação de Gasparino
O candidato rebateu alegações de baixa performance, citando um relatório da consultoria Spencer Stuart, contratada pela própria Eletrobras. O documento destacou sua experiência em governança, coordenação do comitê de sustentabilidade e perfil independente com contribuições estratégicas.
Gasparino criticou a postura da empresa em relação à divergência de opiniões, mencionando a crítica à ISS, entidade globalmente respeitada, por apresentar uma análise técnica diferente da administração. Ele também relembrou casos de ex-dirigentes, como Wilson Ferreira Jr., que foram desqualificados após deixarem a companhia.
Cultura binária e risco à governança
O conselheiro alertou para uma suposta cultura binária na Eletrobras, onde profissionais são classificados como “bons” ou “maus”, dependendo da conveniência do momento. Segundo ele, o verdadeiro risco à governança não está na existência de visões divergentes, mas na tentativa de silenciá-las.
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