Washington Quaquá, vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, criticou os vereadores do partido no Rio por adiarem a votação de um projeto importante sobre o armamento da Guarda Municipal. Ele afirmou que a aliança com o prefeito Eduardo Paes é fundamental para as eleições de 2026 e que os vereadores não deveriam votar contra o governo em um assunto tão relevante. Quaquá pediu punições para os vereadores que não apoiaram a proposta e sugeriu que eles considerem mudar de partido. O projeto inclui a regulamentação do uso de armas pela Guarda Municipal e a contratação de agentes temporários. A situação ocorre em meio a um racha interno no PT, com disputas entre diferentes alas do partido sobre a liderança estadual e municipal.
O vice-presidente nacional do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, criticou nesta quinta-feira (22) a bancada do partido na Câmara dos Vereadores do Rio por adiar a votação de um projeto crucial sobre o armamento da Guarda Municipal. A aliança com o prefeito Eduardo Paes (PSD) é vista como essencial para as eleições de 2026.
Quaquá enfatizou que a relação entre o PT e Paes deve ser tratada como um “casamento”, que deve ser mantido “na alegria e na tristeza”. Ele destacou que a maioria dos vereadores do PT não pode votar contra o governo em um projeto tão importante. O projeto, que inclui a regulamentação do uso de armas pela Guarda Municipal e a contratação de agentes temporários, foi paralisado após uma emenda proposta por PT, PSOL, União Brasil e PL.
Críticas e Punições
O prefeito de Maricá pediu punições aos vereadores que não apoiaram a proposta, sugerindo que a direção municipal do PT suspenda os direitos partidários dos dissidentes e retire seus cargos. Quaquá ainda afirmou que os parlamentares insatisfeitos deveriam considerar a possibilidade de se filiar a outro partido, deixando claro que a “porta de saída” está aberta.
A proposta original do governo previa a mudança do nome da Guarda Municipal para “Força Municipal de Segurança” e a regulamentação do uso de armas, já autorizada por uma lei aprovada em abril. A declaração de Quaquá ocorre em meio a um racha interno no PT do Rio, com disputas pelo comando estadual e municipal.
Disputas Internas
Quaquá lidera uma ala pragmática que apoia seu filho, Diego Zeidan, para a presidência do PT no estado, enquanto uma ala mais ideológica, liderada por Lindbergh Farias e Benedita da Silva, apoia o deputado federal Reimont para a presidência estadual e Leonel de Esquerda para o diretório municipal. A tensão interna no partido reflete as dificuldades que o PT enfrenta em manter a unidade em um cenário político cada vez mais desafiador.
Entre na conversa da comunidade