Política

Pentágono apoia desfile militar em Washington e gera críticas sobre politização do Exército

Ex presidente Donald Trump planeja desfile militar em Washington no dia 14 de junho, levantando polêmica sobre a politicização das Forças Armadas.

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Em 14 de junho, o ex-presidente Donald Trump realizará um desfile militar em Washington, marcando seu aniversário de 79 anos e o aniversário do Exército dos Estados Unidos. O evento, que terá um custo estimado entre US$ 25 milhões e US$ 45 milhões, ocorre em um contexto de cortes em outras áreas do governo.

Em 2017, durante seu primeiro mandato, o Pentágono se opôs à ideia de Trump de realizar um desfile militar, argumentando que as forças armadas devem permanecer fora da política. Agora, essa resistência parece ter desaparecido. O desfile contará com 28 tanques M1A1 Abrams, 28 veículos blindados Stryker, mais de 100 outros veículos, 6.700 soldados, 50 helicópteros e até um cachorro. O Exército americano também se comprometeu a reparar as ruas danificadas durante o evento.

Embora o custo do desfile represente uma fração do orçamento do Pentágono, que é de US$ 1,01 trilhão para o ano fiscal de 2026, críticos apontam que esse gasto é questionável em um momento em que o governo busca cortar verbas para educação e saúde. O porta-voz do Exército, Steve Warren, reconheceu que é muito dinheiro, mas defendeu que a quantia é insignificante diante dos 250 anos de serviço do Exército dos EUA.

Polêmica e Críticas

O evento tem gerado controvérsias, com críticos afirmando que Trump está politizando os militares. O senador Jack Reed, do Comitê de Serviços Armados, sugeriu que um desfile em Fort Myer, na Virgínia, seria mais apropriado. O desfile passará em frente ao mirante de Trump, perto da Casa Branca, e contará com tropas marchando e paraquedistas entregando uma bandeira ao ex-presidente.

Historicamente, desfiles militares nos Estados Unidos ocorrem após grandes conflitos. O último grande desfile foi há quase 35 anos, para comemorar o fim da primeira Guerra do Golfo. Especialistas questionam se o evento representa uma celebração do Exército ou uma exibição de poder político. A professora Risa Brooks destacou que a presença de tanques nas ruas não é consistente com a tradição de um Exército profissional.

A equipe de Trump, agora liderada por Pete Hegseth, parece mais disposta a atender aos desejos do ex-presidente. A realização do desfile reflete uma mudança significativa na relação entre a política e as forças armadas, levantando questões sobre a politicização do Exército americano.

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