Política

Casas de diplomatas no Brasil custam R$ 174 milhões ao governo federal

Itamaraty é alvo de críticas por gastos com residências oficiais, como a da embaixadora na Suécia, que consome R$ 2,47 milhões anuais.

Cobertura em Budapeste, capital da Hungria, custa US$ 14 mil por mês de aluguel (R$ 78,8 mil) (Foto: Reprodução / Wikipedia)

Cobertura em Budapeste, capital da Hungria, custa US$ 14 mil por mês de aluguel (R$ 78,8 mil) (Foto: Reprodução / Wikipedia)

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O Itamaraty enfrenta críticas em relação aos altos custos de suas residências oficiais no exterior, especialmente a da embaixadora do Brasil na Suécia, que reside na Villa Mullberget. Este imóvel histórico, localizado na ilha de Djurgarden, custa R$ 2,47 milhões anuais, incluindo aluguel e manutenção.

A embaixadora ocupa a villa desde abril, e o aluguel mensal é de aproximadamente R$ 117 mil. O custo total inclui a remuneração de três funcionários e serviços de segurança. Apesar de ser uma das residências mais caras, a Suécia ocupa apenas o 53º lugar nas exportações brasileiras, levantando questionamentos sobre a necessidade de tais despesas.

Despesas do Itamaraty

Um levantamento do GLOBO revela que o Itamaraty gasta R$ 174,8 milhões anualmente com imóveis e funcionários de residências oficiais em 188 postos diplomáticos. Desses, 60 foram adquiridos pelo governo. Mais da metade desse montante é destinada a aluguéis e taxas de condomínio, totalizando R$ 87,8 milhões.

O Itamaraty justifica a escolha das residências com base em critérios de necessidade, como localização e padrão de representação. A pasta afirma que os imóveis também servem para eventos oficiais, como reuniões e recepções. Desde 2023, o Brasil abriu pelo menos oito novos postos diplomáticos.

Críticas e Sugestões

Especialistas, como o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero, sugerem que o Itamaraty deve adotar uma hierarquia nas representações, priorizando gastos em locais de maior relevância geopolítica. Para ele, a Suécia não justifica os altos custos, ao contrário de países como Argentina e Estados Unidos.

O cientista político Moisés Marques destaca que, embora seja natural ter gastos elevados em postos diplomáticos importantes, é necessário manter estruturas mais austeras em locais de menor relevância. O Itamaraty, por sua vez, afirma que as contratações são analisadas caso a caso, levando em conta a realidade socioeconômica de cada país.

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