26 de jun 2025




Lula visita favela em desocupação enquanto Tarcísio se destaca em seu berço político
Lula anuncia auxílio habitacional de até R$ 250 mil para 800 famílias da favela do Moinho, intensificando rivalidade com Tarcísio.

O presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em novembro do ano passado — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/29-11-2024
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira, 26, um auxílio habitacional para cerca de 800 famílias da favela do Moinho, em São Paulo. A medida visa oferecer um subsídio de até R$ 250 mil para a compra de novos imóveis, em um cenário de tensões entre os governos federal e estadual.
O evento ocorreu na própria favela, após mudanças na programação que inicialmente previa a realização em um espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lula criticou a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não compareceu ao evento, alegando compromissos em São Bernardo do Campo, onde entregou 120 moradias do programa Casa Paulista.
A proposta do governo federal inclui um auxílio-aluguel de R$ 1.200 mensais para as famílias durante a transição. O subsídio será dividido entre os governos, com R$ 180 mil do federal e R$ 70 mil do estadual. Lula enfatizou que a cessão do terreno da União para a construção de um parque na área só ocorrerá após a garantia de moradia digna para os moradores.
Disputa Política
A situação da favela do Moinho intensificou a disputa entre Lula e Tarcísio, ambos potenciais candidatos à presidência em 2026. O governador tem promovido sua gestão como responsável por transformações habitacionais, enquanto Lula busca consolidar sua narrativa de apoio às comunidades vulneráveis.
Durante o evento, Lula destacou que um parque não deve ser construído à custa do sofrimento humano. Ele criticou o uso da força policial em desocupações e reafirmou o compromisso do governo federal em garantir alternativas habitacionais adequadas antes de qualquer remoção.
A ação habitacional é resultado de um acordo entre os dois governos, que busca atender às necessidades dos moradores da favela, que enfrentam protestos e operações policiais. Até o momento, cerca de 400 famílias já deixaram a comunidade, e o cronograma para a conclusão do processo de remoção será divulgado em breve.
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