27 de jun 2025

Congresso ignora reequilíbrio fiscal e prioriza eleições de 2026, afirma economista
Governo enfrenta resistência do Congresso em propostas fiscais, dificultando o equilíbrio das contas públicas antes das eleições de 2026.

O Congresso Nacional (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
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Esta semana, o governo brasileiro enfrenta um cenário desafiador em sua relação com o Congresso. A derrubada da cobrança do IOF e o adiamento do relatório do Imposto de Renda sinalizam uma resistência crescente dos parlamentares a medidas fiscais, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.
O economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo, destaca que, com a proximidade do pleito, o Congresso tende a rejeitar propostas que envolvam aumento de tributos e cortes estruturais. Ele afirma que o governo precisará buscar novas estratégias para equilibrar as contas públicas, pois apenas bloquear ou contingenciar despesas não resolverá os problemas fiscais a longo prazo.
Galhardo observa que, mesmo cumprindo as regras do arcabouço fiscal, o governo enfrentará críticas tanto do mercado quanto do Congresso. Ele ressalta que a atual situação revela um ambiente político em que o Congresso não demonstra interesse em reequilibrar as contas públicas, dificultando discussões sobre gastos tributários e medidas como a MP que altera LCI e LCA.
Crise de Comunicação
A falta de entendimento entre o governo e o Congresso é evidente. Galhardo argumenta que a preocupação dos parlamentares é mais política do que fiscal, buscando preservar a imagem diante da população. A recente aprovação do aumento do número de deputados exemplifica essa dinâmica, onde a percepção de aumento de impostos é vista como um ataque à sociedade.
O economista enfatiza que, apesar de algumas propostas buscarem corrigir distorções no sistema tributário, elas não são interpretadas dessa forma pela população. Para ele, o Congresso já percebeu que iniciativas que envolvem aumento de alíquotas são altamente explosivas, o que complica ainda mais a comunicação entre as partes.
Com a caminhada política se tornando mais árdua, o governo terá que encontrar soluções criativas para lidar com a resistência do Congresso e garantir a sustentabilidade fiscal do país.
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