02 de jul 2025



Câmara dos EUA avança com pacote fiscal polêmico de Trump e aumenta o déficit
Pacote orçamentário de Donald Trump avança no Senado, mas gera temores sobre inflação e aumento da dívida pública.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Foto: Andrew Caballero-Reynolds - 27.jun.25/AFP)
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O Senado americano aprovou um pacote orçamentário proposto por Donald Trump com um placar apertado de 51 a 50, contando com o voto de desempate do vice-presidente J.D. Vance. O projeto, que agora retorna à Câmara dos Representantes, inclui cortes em benefícios sociais e uma significativa redução de impostos, especialmente para os mais ricos.
Entre as principais medidas, o pacote prevê cortes de US$ 930 bilhões no Medicaid e na assistência alimentar, além de um aumento do teto da dívida federal em US$ 5 trilhões. Economistas alertam que a proposta pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública até 2034, gerando preocupações sobre inflação e aumento das taxas de juros.
Trump tem pressionado os parlamentares para garantir apoio, ameaçando suas candidaturas à reeleição. Essa estratégia parece ter funcionado, já que a maioria dos republicanos se uniu em torno do projeto, apesar das divisões internas. O pacote também inclui um aumento no financiamento para defesa e controle de imigração, como a construção do muro na fronteira com o México.
As críticas ao pacote são intensas, especialmente entre os democratas, que argumentam que os cortes de impostos favorecem desproporcionalmente os mais ricos e comprometem programas sociais essenciais. A deputada Nancy Pelosi liderou as vozes contrárias, destacando o impacto negativo que as medidas podem ter sobre milhões de americanos.
Analistas econômicos apontam que, se aprovado, o pacote pode resultar em um aumento da inflação e encarecer empréstimos, afetando a economia de forma ampla. A grande dúvida é se esses efeitos se manifestarão nas eleições de 2026, com o potencial de punir o Partido Republicano nas urnas.
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