China alerta sobre riscos globais enquanto Rússia defende soberania em plano de Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a criação de um novo sistema antimísseis, denominado "Cúpula Dourada", inspirado no modelo israelense "Domo de Ferro". O projeto, que terá um custo estimado de US$ 175 bilhões, visa reforçar a segurança nacional e deve estar operacional até o final de seu mandato.

A iniciativa foi apresentada por Trump na terça-feira, no Salão Oval da Casa Branca. O general Michael Guetlein, da Força Espacial dos EUA, liderará o projeto, que promete interceptar mísseis de diversas origens, incluindo ataques vindos do espaço. O Canadá também demonstrou interesse em participar do programa.

Reações Internacionais

A proposta gerou reações imediatas de potências militares, como China e Rússia. Ambas expressaram preocupações sobre os riscos que o sistema representa para a estabilidade global. A China classificou a iniciativa como prejudicial ao equilíbrio estratégico e pediu que os EUA desistam do projeto.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a busca por segurança absoluta por parte dos EUA compromete a segurança de outros países. Por outro lado, a Rússia, que inicialmente se opôs ao plano, suavizou sua posição, considerando-o uma questão de soberania dos EUA.

Detalhes do Sistema

O sistema "Cúpula Dourada" será equipado com tecnologias avançadas, incluindo sensores e interceptores que atuarão em terra, mar e espaço. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, destacou que o sistema será capaz de neutralizar uma ampla gama de ameaças, como mísseis balísticos, hipersônicos e drones.

A corrida por sistemas de defesa antimísseis está se intensificando globalmente, com países como França, Reino Unido, Índia e Israel desenvolvendo suas próprias tecnologias. O "Cúpula Dourada" representa um passo significativo na estratégia de defesa dos EUA, em um cenário geopolítico cada vez mais complexo.