Zelensky critica silêncio dos EUA após maior ataque aéreo da Rússia na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou o silêncio da comunidade internacional após um bombardeio russo que resultou em 12 mortes e dezenas de feridos. O ataque, considerado o maior da guerra, ocorreu na madrugada de domingo, 24, e envolveu 367 mísseis e drones em várias regiões, incluindo Kiev.

Zelensky afirmou que a falta de ação dos Estados Unidos e de outros países encoraja o presidente russo, Vladimir Putin, a intensificar os ataques. Ele destacou que a guerra continua sem trégua, mesmo durante os fins de semana. O presidente ucraniano pediu uma resposta mais firme da comunidade internacional, enfatizando que a brutalidade russa não pode ser ignorada.

Detalhes do Ataque

O bombardeio russo foi parte de uma escalada de ofensivas nos últimos meses. A Força Aérea da Ucrânia informou que conseguiu interceptar cerca de dois terços dos mísseis e quase todos os drones lançados. Apesar disso, 80 edifícios residenciais foram danificados, e imagens mostram a devastação em cidades como Mykolaiv e Zhytomyr, onde equipes de resgate retiraram corpos de escombros.

A troca de prisioneiros entre os dois países, que envolveu 307 detidos de cada lado, ocorreu no mesmo dia do ataque. Essa troca foi um raro momento de cooperação em meio à crescente violência. O Kremlin justificou as ações como resposta a atividades hostis da Ucrânia, enquanto Zelensky classificou os ataques como terroristas.

Reações e Consequências

A escalada do conflito gerou reações internacionais. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, condenaram os ataques e pediram novas sanções contra a Rússia. A situação continua a se agravar, com um aumento no número de vítimas civis e uma intensificação das operações militares de ambos os lados.

Zelensky alertou que, se a Rússia continuar a rejeitar um cessar-fogo, isso indicará uma tentativa deliberada de prolongar a guerra. Ele pediu que a comunidade internacional tome medidas concretas para pressionar Moscou e evitar mais tragédias.