Trump aconselha Netanyahu a adiar ataques ao Irã durante negociações nucleares

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, contra um possível ataque ao Irã, afirmando que tal ação seria inapropriada durante as negociações para um novo acordo nuclear. Em declarações feitas na quarta-feira, Trump confirmou que fez essa advertência em uma ligação recente, destacando que as discussões com Teerã estão em um estágio positivo e que as partes estão "muito perto de uma solução".

Desde que retornou à Casa Branca, Trump reativou a política de "pressão máxima" sobre o Irã, mantendo sanções severas. Apesar de apoiar as conversações, ele já indicou que ações militares podem ser consideradas se a diplomacia não avançar. O Irã, por sua vez, busca um novo acordo que alivie as sanções que têm impactado severamente sua economia.

Negociações em Andamento

As negociações entre os EUA e o Irã, que ocorreram nas últimas semanas, incluem cinco rodadas de discussões focadas em questões críticas, como o enriquecimento de urânio e inspeções. Fontes próximas às conversas indicam que um acordo abrangente pode ser alcançado na próxima reunião, prevista para ocorrer no Oriente Médio.

Trump enfatizou que um ataque israelense às instalações nucleares iranianas poderia comprometer o progresso das negociações e provocar um conflito regional. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã expressou disposição para compromissos, afirmando que existem "muitas maneiras" de um acordo ser alcançado.

Questões Críticas

As discussões recentes abordaram principalmente o enriquecimento de urânio, com a administração Trump exigindo que o Irã interrompa todo o enriquecimento, considerado uma linha vermelha nas negociações. Apesar do avanço do programa nuclear iraniano, o país insiste que seus objetivos são pacíficos e está disposto a não enriquecer urânio a níveis de armas.

Além disso, a possibilidade de os EUA investirem no programa nuclear civil do Irã está sendo considerada. Uma proposta inclui a formação de um consórcio internacional para produzir urânio enriquecido para os reatores iranianos. No entanto, a questão dos mísseis balísticos iranianos não faz parte das discussões atuais, que se concentram exclusivamente no nuclear. As partes envolvidas planejam se reunir novamente em breve para avançar nas negociações.