Pedro Joaquin Chamorro com sua mãe e ex-presidente da Nicarágua Violeta Barrios de Chamorro (Foto: Oswaldo Rivas/File Photo/Reuters)

Pedro Joaquin Chamorro com sua mãe e ex-presidente da Nicarágua Violeta Barrios de Chamorro (Foto: Oswaldo Rivas/File Photo/Reuters)

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Morre Violeta Barrios de Chamorro, primeira presidenta eleita da América Latina - Morre Violeta Barrios de Chamorro, primeira presidenta eleita da América Latina

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Morreu neste sábado, aos 95 anos, a ex-presidente da Nicarágua, Violeta Barrios de Chamorro, em decorrência de complicações de saúde. A informação foi confirmada pela família, que destacou que ela faleceu em paz, cercada pelo amor dos filhos.

Chamorro foi a primeira mulher a presidir a Nicarágua, governando de 1990 a 1997, após derrotar Daniel Ortega, atual ditador do país. Sua trajetória política é marcada pela luta pela democracia em um contexto de repressão. Ela foi uma figura central na coalizão que derrubou a dinastia Somoza em 1979 e, posteriormente, integrou a junta que governou a Nicarágua.

Durante seu mandato, Chamorro promoveu reformas liberais e a abertura econômica, buscando recuperar o país após anos de conflito. Seu governo é lembrado como um período de respiro democrático, com avanços nas liberdades civis e na liberdade de imprensa. No entanto, sua aproximação com os Estados Unidos e a CIA gerou críticas entre os sandinistas.

Legado e Impacto

O filho de Chamorro, Carlos Fernando, diretor do jornal opositor "El Confidencial", reconheceu a importância do legado de sua mãe. Ele afirmou que, se o país tivesse seguido o caminho que ela propôs, a situação atual poderia ser diferente. Violeta também foi casada com Pedro Joaquín Chamorro Cardenal, um crítico feroz da ditadura de Somoza, assassinado em 1978.

Nos últimos anos, a ex-presidente estava afastada da política e enfrentava problemas de saúde. O intelectual nicaraguense Sérgio Ramírez, que foi vice-presidente de Ortega, destacou que a história fará justiça a Violeta, especialmente ao se considerar a situação atual do país.

A morte de Chamorro foi lamentada por diversas personalidades e organizações, que ressaltaram seu papel fundamental na história recente da Nicarágua. O Centro de Assistência Legal Interamericano e o ex-embaixador da Nicarágua na OEA expressaram condolências, reconhecendo sua contribuição à democracia e à pacificação do país.

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