Um relatório recente do Sipri afirma que Israel tem cerca de 90 ogivas nucleares, mas esse número pode chegar a 300. O país não confirma oficialmente a posse de armas nucleares e é considerado a oitava potência nuclear do mundo. A Rússia e os Estados Unidos possuem a maior parte do arsenal nuclear global. O programa nuclear de Israel começou após o Holocausto, com ajuda da França na construção da usina de Dimona, que não é supervisionada pela AIEA. As armas nucleares de Israel estão armazenadas e não prontas para uso imediato, ao contrário de outras potências nucleares. Israel tem desenvolvido sistemas de lançamento, como mísseis e submarinos. O relatório também menciona que o país está modernizando seu reator em Dimona e testou um sistema de propulsão de mísseis com capacidade nuclear, mas a falta de inspeções internacionais gera incertezas sobre seu verdadeiro potencial nuclear.
Israel é amplamente suspeito de possuir aproximadamente 90 ogivas nucleares, segundo um relatório recente do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo). O país, que mantém uma política de ambiguidade nuclear, não confirma nem nega oficialmente a posse de armas nucleares, o que gera incertezas sobre o tamanho real de seu arsenal.
O relatório do Sipri, divulgado hoje, coloca Israel como a oitava potência nuclear do mundo, em um ranking que inclui nove países com um total de 12.241 ogivas nucleares. A Rússia e os Estados Unidos detêm cerca de 90% desse arsenal, com 5.459 e 5.177 ogivas, respectivamente. A lista segue com China (600), França (290), Reino Unido (225), Índia (180), Paquistão (170), Israel (90) e Coreia do Norte (50).
Desenvolvimento e Modernização
O programa nuclear de Israel começou logo após o Holocausto, com o objetivo de proteger o Estado Judeu. A França teve um papel crucial nos estágios iniciais, fornecendo equipamentos e colaborando na construção da usina nuclear de Dimona, que foi erguida em segredo e sem supervisão da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Embora Israel tenha prometido em 1960 não produzir armas nucleares, acredita-se que o país tenha expandido sua capacidade.
Atualmente, as armas nucleares israelenses são consideradas armazenadas, ou seja, não estão instaladas em lançadores. Em contraste, potências como Rússia, EUA, China, França e Reino Unido possuem armamentos prontos para disparo. Desde a década de 1960, Israel tem desenvolvido sistemas de lançamento, incluindo aeronaves F15 e F16, mísseis balísticos Jericho e submarinos Dolphin.
Perspectivas Futuras
O Sipri destaca que, embora a quantidade de ogivas nucleares em Israel pareça estável, alguns analistas sugerem que o número pode chegar a 300. O país também está modernizando um de seus reatores em Dimona e, no ano passado, realizou testes de um sistema de propulsão de mísseis com capacidade nuclear. A falta de inspeções internacionais na instalação de Dimona, que conta com segurança rigorosa, mantém a incerteza sobre o verdadeiro potencial nuclear de Israel.
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