17 de jun 2025

Arma nuclear do Irã pode alterar o equilíbrio global em jogo decisivo
Irã busca cessar fogo com Israel e EUA, levantando dúvidas sobre seu programa nuclear e suas intenções militares na região.
O Irã opera reatores nucleares para uso civil, como a instalação em Bushehr (Foto: Abedin Taherkenareh/epa/dpa/picture alliance)
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Diante da crescente tensão entre Israel e Irã, que resultou em centenas de mortes, a dúvida sobre a existência de armas nucleares iranianas persiste. O professor de Relações Internacionais da ESPM, Roberto Uebel, destaca que essa questão pode moldar o futuro do conflito. O Irã, que até agora utilizou armamento convencional e mísseis balísticos, pode mudar sua estratégia militar se realmente possuir armas nucleares.
A situação interna do Irã é complexa. O regime dos aiatolás enfrenta baixa popularidade e pressões externas, especialmente de adversários como Estados Unidos e Arábia Saudita. Uebel sugere que, em um cenário de desespero, o governo iraniano poderia adotar medidas extremas para reafirmar sua hegemonia regional, mesmo que isso implique em violar acordos internacionais sobre seu programa nuclear.
Recentemente, o Irã enviou mensagens a Israel e aos EUA, buscando um cessar-fogo e indicando disposição para diálogo. Essa movimentação pode sugerir que Teerã não possui armas nucleares, segundo Uebel. A tentativa de negociação pode ser um sinal de que o regime está aberto a acordos, o que, se confirmado, poderia indicar a ausência de uma bomba nuclear.
A escalada do conflito continua a ser uma preocupação. Sem armas nucleares, a derrota do Irã parece certa, mas a situação se torna mais incerta se o país realmente tiver acesso a esse tipo de armamento. Israel, por sua vez, mantém sua estratégia de desestabilizar o regime iraniano, enquanto o governo de Benjamin Netanyahu busca desviar a atenção das questões em Gaza. A dinâmica entre os dois países permanece tensa e cheia de incertezas, com a possibilidade de novos desdobramentos a qualquer momento.
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