17 de jun 2025

Irã estava a três anos de desenvolver arma nuclear, afirmam fontes dos EUA
Israel intensifica ações militares contra o Irã, citando aumento no enriquecimento de urânio como ameaça à segurança nacional.
A construção da usina subterrânea de Fordö, localizada entre Teerã e Qom (centro do Irã), em violação às resoluções da ONU, foi revelada pelo Irã à AIEA em setembro de 2009 (Foto: Reprodução)
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Quando Israel lançou um ataque contra o Irã nas primeiras horas da sexta-feira, o governo israelense destacou o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a intensificação da produção de urânio enriquecido pelo Irã é um sinal de alerta. Teerã, por sua vez, insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Avaliações de inteligência dos EUA divergem sobre a capacidade nuclear do Irã. Enquanto Israel acredita que o país está determinado a desenvolver armas nucleares, a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, declarou em março que o Irã não está construindo uma bomba atômica. Gabbard afirmou que não há indícios de que o aiatolá Ali Khamenei tenha autorizado tal programa.
A produção de urânio enriquecido pelo Irã aumentou significativamente nos últimos anos, levando a preocupações internacionais. O Iran Watch, um monitor do desenvolvimento nuclear iraniano, estimou que o país poderia produzir urânio suficiente para até cinco bombas em uma semana. No entanto, a transformação desse material em armas nucleares poderia levar de quatro meses a um ano e oito meses.
Netanyahu tem sido um crítico constante do programa nuclear iraniano desde 2005, quando alertou sobre os perigos representados por Teerã. Ele frequentemente menciona a necessidade de impedir que o Irã obtenha armas nucleares, considerando a possibilidade de ações militares. Durante sua gestão, o líder israelense também se opôs ao acordo nuclear de 2015, que visava limitar o programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções.
Israel, que possui cerca de 90 ogivas nucleares, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, continua a monitorar de perto as atividades nucleares do Irã. A tensão entre os dois países permanece alta, com Netanyahu reiterando a urgência de agir diante do que considera uma ameaça crescente.
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