18 de jun 2025


Israel e Irã intensificam conflitos em meio a crescentes tensões regionais
Israel intensifica ataques ao Irã, aproveitando vulnerabilidades do regime e desviando críticas sobre a Faixa de Gaza. A situação se agrava rapidamente.
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder supremo do Irã, Ali Khamenei (Foto: Defesa dos EUA e governo do Irã/Divulgação)
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Recentemente, Israel lançou ataques ao Irã, intensificando um conflito histórico que já resultou em centenas de mortes em menos de uma semana. Especialistas apontam que a ação israelense se aproveita de um momento de fraqueza política tanto interna quanto externa do regime iraniano.
O professor Fernando Brancoli, da UFRJ, destaca que o governo israelense percebeu a vulnerabilidade do Irã, com aliados como Hezbollah e Hamas enfraquecidos. Além disso, as negociações nucleares entre Teerã e os Estados Unidos poderiam limitar as justificativas para ações militares israelenses no futuro. Assim, o governo de Benjamin Netanyahu decidiu que era o momento ideal para um ataque.
Motivações Políticas
Analistas concordam que os ataques também visam desviar a atenção das críticas à atuação de Israel na Faixa de Gaza. Denilde Holzhacker, professora da ESPM, afirma que Netanyahu frequentemente promove ações externas para obter apoio interno, especialmente em tempos de crise. A pressão de grupos conservadores por uma postura mais agressiva em relação ao Irã também influenciou a decisão.
A situação interna do Irã não é menos complicada. O regime enfrenta desafios significativos, como desemprego elevado e crescente insatisfação popular. Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais, observa que a instabilidade interna pressiona o Irã a demonstrar força em resposta aos ataques israelenses.
Respostas e Consequências
O regime iraniano, embora enfraquecido, precisa mostrar capacidade de resposta. Kai Enno Lehmann, do IRI-USP, ressalta que a pressão interna pode levar Teerã a agir, mas a eficácia de sua resposta ainda é incerta. Apesar das limitações tecnológicas e geográficas, o Irã mantém um arsenal de mísseis balísticos e pode agir por meio de grupos aliados.
Os ataques israelenses foram justificados como uma medida preventiva, mesmo diante da expectativa de retaliação iraniana. A situação continua a evoluir, com repercussões significativas para a segurança regional e as dinâmicas de poder no Oriente Médio.
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