25 de jun 2025

EUA e Israel exploram vantagens políticas após ataque ao Irã
Bombardeios de Israel e EUA atrasam programa nuclear iraniano, enquanto Netanyahu ganha força política após resposta militar fraca do Irã.

Binyamin Netanyahu, premiê de Israel, e Donald Trump, presidente dos EUA, em Washington (Foto: Saul Loeb - 7.abr.25/AFP)
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O programa nuclear do Irã enfrenta novos desafios após bombardeios coordenados de Israel e Estados Unidos. A ofensiva, que visava atrasar o desenvolvimento bélico iraniano, resultou em um atraso estimado de alguns meses, segundo um relatório de inteligência dos EUA. Antes dos ataques, o Irã estava a três meses de conseguir uma bomba nuclear; agora, esse prazo pode ter se estendido para seis meses.
Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Donald Trump, ex-presidente dos EUA, foram os principais responsáveis pela operação. Trump afirmou que as forças americanas destruíram as instalações nucleares iranianas, embora essa avaliação seja considerada exagerada por especialistas. O Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA adotou uma postura mais cautelosa, reconhecendo que o impacto real dos bombardeios foi limitado.
Os ataques, que ocorreram após uma série de tensões na região, não apenas afetaram o programa nuclear, mas também resultaram em perdas significativas para o Irã. As Forças Armadas iranianas não conseguiram responder de forma eficaz, levando a uma rápida conquista da superioridade aérea por Israel. Além disso, a operação resultou na morte de vários generais iranianos, enfraquecendo ainda mais a estrutura militar do país.
Consequências Políticas
No cenário político, a teocracia iraniana enfrenta um momento delicado. A perda em conflitos militares frequentemente resulta em crises de legitimidade para regimes autoritários. Apesar das dificuldades, não há uma oposição organizada capaz de desafiar os aiatolás no momento.
Em Israel, Netanyahu se beneficia politicamente da situação. Após os ataques do Hamas em outubro de 2023, seu governo parecia em risco, mas a escalada militar na Faixa de Gaza e no Líbano, agora se estendendo ao Irã, pode reverter essa percepção. As próximas pesquisas eleitorais, que devem ocorrer até outubro de 2026, serão cruciais para avaliar o impacto da ofensiva em sua popularidade.
Nos Estados Unidos, Trump busca equilibrar as demandas de diferentes facções dentro de seu partido. Após a ofensiva, ele pediu um cessar-fogo, o que pode surpreender ao resultar em uma trégua duradoura, dependendo da evolução política na região.
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