16 de mai 2025

Policial federal revela plano golpista e admite disposição para matar autoridades
Policial federal Wladimir Soares é acusado de planejar golpe para impedir posse de Lula, com áudios revelando intenções violentas.
Foto:Reprodução
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O agente da Polícia Federal, Wladimir Matos Soares, foi preso por suposta participação em um plano golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Jair Bolsonaro no poder. A prisão ocorreu em 19 de novembro de 2024, e Soares é acusado de integrar a operação chamada "Punhal Verde Amarelo", que envolvia ameaças a autoridades e ações violentas.
Áudios interceptados pela Polícia Federal revelaram que Soares estava "preparado" para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e que o grupo planejava assassinatos caso Bolsonaro tivesse dado a ordem. Em mensagens, ele afirmou que o grupo estava disposto a "matar meio mundo de gente" e expressou frustração com o recuo do ex-presidente, atribuindo a situação a uma suposta traição de generais do Exército.
Wladimir Soares, de 53 anos, tem uma carreira de 22 anos na Polícia Federal e já atuou na segurança de Lula durante a transição de governo. Ele usou seu cargo para repassar informações sensíveis sobre a segurança do presidente eleito a aliados de Bolsonaro, incluindo detalhes operacionais e rotas da comitiva.
Detalhes da Trama Golpista
A investigação da PF aponta que o plano incluía a prisão ou eliminação de Lula, Alckmin e Moraes, além da dissolução do STF e uma intervenção armada. Soares atuava como elo entre informações de campo e os articuladores do golpe, compartilhando relatórios com integrantes da rede bolsonarista.
A defesa de Soares solicitou ao Supremo Tribunal Federal o adiamento do julgamento da denúncia, alegando a necessidade de mais tempo para apresentar uma resposta completa. O julgamento está agendado para os dias 20 e 21 de maio e envolve doze pessoas do núcleo da trama golpista.
Os áudios revelam que Soares e seu grupo estavam prontos para agir, aguardando apenas uma "canetada" de Bolsonaro para dar início ao plano. Ele lamentou que o ex-presidente não teve coragem de agir, afirmando que apenas coronéis do Exército o apoiavam, enquanto os generais se opuseram à ação.
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