27 de mai 2025



Bolsonaro gera desconforto ao convocar Torres para live sobre urnas eleitorais
Ex ministro Anderson Torres buscou informações sobre urnas eletrônicas após live de Bolsonaro, revela ex secretário em depoimento ao STF.
Foto:Reprodução
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BRASÍLIA – O ex-secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Braulio do Carmo Vieira, testemunhou que a live de 2021, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, causou desconforto ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O depoimento foi prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 27. Vieira afirmou que Torres, convocado para a transmissão, buscou informações sobre a segurança das urnas eletrônicas devido ao seu "desconhecimento técnico" sobre o assunto.
Durante a live, Bolsonaro fez acusações infundadas contra a lisura do processo eleitoral, sem apresentar provas. Segundo Vieira, Torres procurou técnicos da Polícia Federal para levantar documentos que pudessem embasar suas declarações. O ex-secretário também mencionou que o documento apresentado na live foi elaborado por peritos criminais da PF, mas ele mesmo desconhecia seu conteúdo.
Torres é réu em um processo que investiga a tentativa de golpe de Estado e chegou a ser preso preventivamente por quatro meses. Ele é investigado pela atuação das forças de segurança durante a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília. A PF encontrou em sua residência uma minuta de decreto que visava anular as eleições e instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral.
Depoimentos e Desdobramentos
Na mesma audiência, foram ouvidos funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atuaram durante o governo Bolsonaro. O ex-diretor de operações da PRF, Djairlon Henrique Moura, afirmou que as blitze realizadas no segundo turno das eleições de 2022 não impediram o fluxo de veículos de transporte. Ele negou qualquer direcionamento específico para o Nordeste, embora tenha confirmado operações em ônibus que se deslocavam para a região.
O julgamento prossegue com novos depoimentos, incluindo o ex-ministro da Educação Victor Godoy e outros funcionários da PF e da Abin. A investigação continua a revelar detalhes sobre a atuação de autoridades durante o período eleitoral e os eventos que culminaram nas tentativas de desestabilização do processo democrático.
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