15 de jun 2025

Moderados enfrentam julgamento enquanto radicais ficam isentos de processo
Tenente coronel Mauro Cid revela divisão de conselheiros de Jair Bolsonaro em radicais, moderados e conservadores, impactando investigações.
O ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid ao lado do seu advogado, Cezar Bittencourt, durante interrogatório na Primeira Turma do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada, revelou uma classificação dos conselheiros de Jair Bolsonaro após sua derrota nas eleições de 2022. Cid dividiu os conselheiros em três grupos: radicais, moderados e conservadores, com base em suas posturas sobre a contestação do resultado das urnas.
Entre os radicais, que buscavam fraudes nas urnas e incentivavam ações drásticas, estão figuras como o general Eduardo Pazuello, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o deputado Eduardo Bolsonaro. Apenas Filipe Martins e o general Mario Fernandes enfrentam acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativas de golpe. Valdemar Costa Neto foi indiciado pela Polícia Federal, mas não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.
Os moderados eram aqueles que discordavam de algumas decisões judiciais, mas não viam alternativas viáveis. Nesse grupo, destacam-se o general Paulo Sérgio Nogueira e o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres, Estevam Theophilo. Ambos enfrentam investigações por suposto apoio à trama golpista, enquanto o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, foi poupado.
Por fim, os conservadores incentivavam Bolsonaro a reconhecer o resultado eleitoral. Este grupo inclui os senadores Flávio Bolsonaro e Ciro Nogueira, além do ex-ministro Bruno Bianco. Nenhum deles foi acusado até o momento. Cid também mencionou o ex-ministro Walter Braga Netto, que, embora não se encaixasse em um dos grupos, foi implicado em financiamento de manifestações contra o resultado eleitoral e está preso por obstrução de justiça.
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