Política

Pai de jovem questiona prisão de cidadão suspeito enquanto PM é liberado

Família de jovem morto em ação do Bope clama por justiça e critica impunidade policial, enquanto investigações seguem em andamento.

Herus Guimarães com o filho, Théo, que aprendeu recentemente a falar 'Mengo' (Foto: Arquivo pessoal)

Herus Guimarães com o filho, Théo, que aprendeu recentemente a falar 'Mengo' (Foto: Arquivo pessoal)

Ouvir a notícia

Pai de jovem questiona prisão de cidadão suspeito enquanto PM é liberado - Pai de jovem questiona prisão de cidadão suspeito enquanto PM é liberado

0:000:00

A família de Herus Guimarães Mendes da Conceição, um jovem de 24 anos, expressou sua indignação após a morte dele em uma ação do Bope durante uma festa junina no Morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro. O caso está sob investigação da Polícia Civil, da Corregedoria da PM e do Ministério Público.

Fernando, pai de Herus, destacou a falta de apoio do governo e da polícia, afirmando que a família não recebeu nenhum contato oficial. "Só as notinhas que saem dizendo que afastaram as pessoas. Do governo do Rio de Janeiro: nada, zero notícia", afirmou. O MP, por outro lado, ofereceu suporte psicológico à família, que enfrenta dificuldades emocionais e financeiras, especialmente devido à saúde da mãe de Herus, que necessita de medicamentos caros.

As versões apresentadas pela polícia sobre a operação foram desmentidas. Inicialmente, alegaram que a ação visava retirar barricadas, mas o morro não possui tais obstáculos. A segunda justificativa, de que o Bope atuava devido a uma denúncia de invasão de facção rival, também se mostrou frágil. A terceira versão, que mencionava a busca por um traficante foragido, foi igualmente contestada.

Repercussões da Ação

Fernando Guimarães criticou a impunidade dos policiais envolvidos, questionando por que eles não estão presos enquanto aguardam o julgamento. "Quando um cidadão comete um crime, aguarda o julgamento preso. Por que esses policiais têm que aguardar só afastados?", indagou. Ele também lamentou a ausência de um pedido de desculpas por parte dos policiais, o que poderia trazer algum conforto à família.

Herus era conhecido por seu amor ao futebol e sonhava em ser jogador do Flamengo. Ele estava se dedicando a passar esse amor ao filho, Théo, que frequentemente o emocionava ao aprender a falar "Mengo". A mãe, Mônica, relembrou a dificuldade de criar um filho em uma favela, ressaltando que a vida fácil está sempre à porta, mas que eles se esforçaram para criar Herus como um cidadão de bem.

A PM informou que está colaborando com as investigações, mas não forneceu detalhes sobre os policiais envolvidos. Os comandantes do Bope foram exonerados e outros 12 policiais afastados. Além de Herus, cinco pessoas foram baleadas na ação, todas sem envolvimento com o tráfico. As armas dos PMs foram apreendidas para perícia, e o MP iniciou uma investigação independente sobre a morte de Herus.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela