Política

Réus de trama golpista buscam novos pedidos em ação no STF

Advogados dos réus em caso golpista preparam novos pedidos ao STF, incluindo acareações e acesso a documentos, o que pode atrasar o julgamento.

Interrogatórios dos réus da Aço Penal, Jair Bolsonaro (AP) 2668 — Foto: Gustavo Moreno / STF

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Com a finalização dos depoimentos de testemunhas e réus, advogados dos acusados de envolvimento em uma trama golpista durante o governo Bolsonaro preparam novos pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF). As solicitações incluem acareações, perícias e acesso a documentos apreendidos pela Polícia Federal, podendo atrasar o julgamento.

O prazo para apresentação desses pedidos se encerra amanhã, conforme estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Essa fase é crucial, pois reúne as provas que serão utilizadas no julgamento. Até o momento, apenas um pedido foi formalizado e aceito: a defesa do tenente-coronel Mauro Cid solicitou uma investigação sobre um perfil no Instagram que, segundo a revista Veja, estaria vinculado a ele.

A defesa de Cid argumenta que o perfil “@gabrielar702” não é de sua autoria e que as mensagens atribuídas a ele são falsas. Moraes ordenou que a Meta, empresa responsável pelo Instagram, forneça dados cadastrais e o histórico de conversas da conta. Se as mensagens forem confirmadas como enviadas por Cid, isso poderá comprometer os benefícios de sua delação premiada.

Novos Pedidos ao STF

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres também planeja solicitar acareação com o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. O objetivo é esclarecer se Gomes se confundiu ao afirmar que Torres participou de reuniões no Palácio da Alvorada no final de 2022. Além disso, a defesa pretende contestar a validade de uma minuta golpista encontrada em sua residência.

O general Augusto Heleno, por sua vez, busca acesso a materiais apreendidos durante as buscas em sua casa. Seu advogado, Matheus Milanez, expressou dificuldades em acessar anotações relevantes para a defesa. As novas diligências, se autorizadas, poderão impactar significativamente o cronograma do julgamento.

Implicações das Diligências

As diligências são frequentemente solicitadas quando há contradições nas versões dos depoimentos. Um exemplo é a suposta entrega de dinheiro do general Walter Braga Netto a Mauro Cid para financiar o plano golpista. Cid alegou ter recebido a quantia em uma "caixa de vinho", mas não soube especificar detalhes sobre a entrega. Braga Netto negou a acusação, afirmando que Cid "faltou com a verdade".

O tempo entre o fim dos interrogatórios e a abertura para alegações finais varia consideravelmente em casos semelhantes, podendo levar de 35 a 165 dias. O andamento dessas novas solicitações será determinante para a definição da data do julgamento, que continua a atrair atenção pública e política.

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