08 de mai 2025

Dom Aloísio Lorscheider recusa papado em 1978 e abre caminho para João Paulo II
Dom Aloísio Lorscheider, arcebispo de Fortaleza, recusou ser Papa em 1978, influenciando a eleição de João Paulo II. Conheça sua trajetória.
Foto:Reprodução
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Dom Aloísio Lorscheider, arcebispo de Fortaleza, esteve a um passo de se tornar o primeiro papa brasileiro em 1978. Ele recebeu a maioria dos votos no conclave que elegeu João Paulo II, mas recusou a posição devido a problemas de saúde. Frei Betto, teólogo e escritor, revelou detalhes sobre essa recusa e a influência de Lorscheider na eleição do papa polonês.
O cardeal enfrentava sérios problemas cardíacos, tendo passado por uma cirurgia que resultou na colocação de oito pontes de safena. Temendo não conseguir cumprir as exigências do papado, optou por não aceitar a função, mesmo com o apoio da maioria dos cardeais. Sua decisão foi influenciada pela morte repentina de João Paulo I, que havia ocupado o trono papal por apenas 33 dias.
Após sua recusa, Lorscheider atuou nos bastidores para redirecionar os votos, ajudando a eleger João Paulo II, que se tornaria um dos papas mais duradouros da história. O cardeal brasileiro participou de dois conclaves e teve uma trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pela luta contra a ditadura militar no Brasil.
Sequestro e Direitos Humanos
Em 1994, Dom Aloísio Lorscheider foi sequestrado por internos de um presídio na Grande Fortaleza durante uma visita ao local. Ele e outros reféns foram ameaçados, mas todos foram libertados sem ferimentos. Este episódio ficou marcado na memória dos cearenses e destacou seu compromisso com a justiça social.
Lorscheider também foi um defensor ativo dos marginalizados e da redemocratização do Brasil. Durante seu tempo como arcebispo de Fortaleza, ele criou novas paróquias e se envolveu em diversas causas sociais, incluindo a luta pela melhor distribuição de renda e o fim dos conflitos por terra no Ceará.
Faleceu em 2007, aos 83 anos, deixando um legado significativo na Igreja Católica e na sociedade brasileira. Sua história é lembrada não apenas por sua possível ascensão ao papado, mas também por sua coragem e dedicação à defesa dos direitos humanos.
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