Os leopardos-das-neves estão em perigo, com entre 221 e 450 deles morrendo a cada ano, principalmente por causa de conflitos com agricultores. Para ajudar a proteger esses animais, a WWF, junto com a LUMS, está testando câmeras com inteligência artificial no Paquistão. Essas câmeras conseguem detectar leopardos e enviar mensagens de texto para alertar os moradores sobre sua presença, permitindo que eles protejam seu gado. Instaladas em áreas montanhosas a quase 3.000 metros de altura e alimentadas por energia solar, as câmeras foram projetadas para distinguir entre humanos, outros animais e leopardos. O desenvolvimento da tecnologia levou três anos, mas a aceitação da comunidade local e as condições climáticas extremas têm sido desafios. Algumas pessoas danificaram os equipamentos, e a equipe da WWF teve que mudar a localização das câmeras para respeitar a privacidade das mulheres. A WWF também busca um compromisso dos agricultores para que não compartilhem as imagens com caçadores. A iniciativa pretende reduzir a matança dos leopardos, que são mortos após ataques a rebanhos. Apesar das dificuldades, a conscientização sobre a importância dos leopardos para o ecossistema está crescendo. Além do monitoramento, a WWF planeja usar odores, sons e luzes para afastar os leopardos das áreas habitadas, buscando proteger tanto os animais quanto as comunidades locais.
WWF testa inteligência artificial para proteger leopardes-das-neves no Paquistão
A população de leopardes-das-neves tem diminuído drasticamente, com a morte anual de 221 a 450 indivíduos, principalmente devido a conflitos com agricultores. Para reverter essa tendência, a organização não governamental WWF, em parceria com a LUMS (Universidade de Gestão de Ciências de Lahore), está implementando um sistema de monitoramento inovador.
O projeto utiliza câmeras equipadas com inteligência artificial (IA) para detectar a presença de leopardes-das-neves e alertar os moradores locais por mensagem de texto, permitindo que protejam seu gado. As câmeras, instaladas em áreas montanhosas a quase 3.000 metros de altitude, são alimentadas por energia solar e foram projetadas para diferenciar humanos, outros animais e os felinos.
O desenvolvimento do sistema de IA levou três anos de treinamento para atingir alta precisão na identificação das espécies. Apesar dos avanços, o projeto enfrenta desafios, como a aceitação da comunidade local e a adaptação da tecnologia às condições climáticas extremas.
Em algumas áreas, moradores danificaram os equipamentos, cortando fios e cobrindo as câmeras. A equipe do WWF também precisou ajustar a localização das câmeras para respeitar a privacidade das mulheres. A organização busca um compromisso formal dos agricultores para que não forneçam acesso às imagens a caçadores.
A iniciativa visa reduzir a retaliação contra os leopardes-das-neves, que são mortos por agricultores após a perda de animais de criação. Sitara, moradora local que perdeu seis ovelhas em um ataque, questiona a eficácia do sistema, devido à falta de sinal de celular em sua região.
Apesar das dificuldades, líderes da comunidade Khyber afirmam que a conscientização sobre a importância dos leopardes-das-neves para o ecossistema tem crescido. A WWF ressalta que os felinos ajudam a controlar a população de íbex e ovelhas-azuis, evitando o sobrepastoreio e preservando as pastagens.
Além do monitoramento por IA, a WWF planeja testar o uso de odores, sons e luzes para afastar os leopardes-das-neves das áreas habitadas, buscando uma solução abrangente para proteger tanto os animais selvagens quanto o sustento das comunidades locais.
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