Saúde

Venda de tadalafila no Brasil cresce 2.000% em nove anos, revela Anvisa

Crescimento de quase 2.000% no uso de tadalafila no Brasil gera alerta sobre riscos e proibição de versões em gummies pela Anvisa.

Foto:Reprodução

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Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revelam que o consumo de tadalafila no Brasil cresceu quase 2.000% nos últimos nove anos. Em 2015, foram vendidas 3.248.316 unidades do medicamento, enquanto em 2024 esse número saltou para 64.725.760. O aumento é atribuído à popularidade do fármaco nas redes sociais, onde é promovido não apenas para disfunção erétil, mas também como um "pré-treino".

Uso Indevido e Proibição

O uso de tadalafila como estimulante para atividades físicas não possui respaldo científico, segundo o presidente da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), Luiz Otávio Torres. Ele destaca que, embora o medicamento seja eficaz para disfunção erétil e hipertensão pulmonar, sua utilização como suplemento para exercícios é infundada. Recentemente, a Anvisa proibiu versões em gummies do medicamento, que não passam pela fiscalização adequada.

Torres alerta que o uso indiscriminado de tadalafila pode levar a riscos, especialmente em homens que não apresentam disfunção erétil. O médico observa que muitos buscam o medicamento para aumentar a performance sexual, o que pode resultar em problemas cardiovasculares. A dose máxima recomendada é de 20 miligramas por dia.

Comparação com Sildenafila

Embora tadalafila e sildenafila (Viagra) pertençam à mesma classe de medicamentos, não devem ser usados juntos devido ao risco de queda da pressão arterial. A principal diferença entre eles é a duração do efeito: enquanto o Viagra tem uma ação mais curta, a tadalafila pode durar até um dia. Efeitos colaterais leves incluem dor de cabeça e congestão nasal.

Torres enfatiza a importância da prescrição médica para o uso de tais medicamentos, especialmente considerando o histórico de uso inadequado do sildenafila no passado. A falta de regulamentação e a venda sem receita médica contribuem para a popularização do uso indevido de tadalafila, o que pode ser prejudicial à saúde.

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