Um levantamento da Umane mostra que em 2024, 1,6 milhão de internações no SUS foram por doenças já diagnosticadas, e 11% dessas internações poderiam ser evitadas com ações de prevenção. A pesquisa destaca a fragilidade da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, que é fundamental para controlar doenças crônicas. A APS é o primeiro ponto de contato do paciente com o sistema de saúde, mas enfrenta problemas como falta de recursos e cobertura, especialmente em áreas periféricas. Em 2024, as internações foram principalmente por complicações de diabetes tipo 2, asma e hipertensão, com uma taxa de 793,8 internações a cada 100 mil habitantes. A maioria das internações evitáveis afetou pessoas com 65 anos ou mais, além de um número significativo de internações entre crianças e mulheres em idade reprodutiva. A análise também revelou desigualdades raciais, com um grande número de internações entre pessoas pardas. É importante garantir acesso igualitário à saúde para todos, independentemente da localização ou raça.
Um levantamento da Umane, com dados do SIH-SUS, revela que 1,6 milhão de internações no SUS em 2024 foram por doenças já diagnosticadas, sendo que 11% poderiam ser evitadas com ações de prevenção. A pesquisa destaca a fragilidade da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, essencial para o controle de doenças crônicas.
A APS é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde e abrange atendimentos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e estratégias de saúde familiar. Thais Junqueira, superintendente da Umane, afirma que a APS no Brasil é fraca e mal-equipada, podendo resolver até 90% dos problemas de saúde se for fortalecida. Em 2024, as internações ocorreram principalmente por complicações de diabetes tipo 2, asma e hipertensão.
Os dados mostram que a taxa de internações por essas condições foi de 793,8 a cada 100 mil habitantes. As internações evitáveis representam 11% do total de 14,1 milhões de internações do ano anterior. Fátima Marinho, médica especialista em medicina preventiva, ressalta que a APS pode controlar doenças crônicas e evitar internações.
Desafios da Atenção Primária
A falta de cobertura no SUS é um desafio, especialmente em áreas periféricas. Marinho destaca que, apesar do programa Mais Médicos, ainda há carência de equipes completas. Em 2024, o programa registrou 6.729 novos profissionais, atendendo 80% dos municípios com até 52 mil habitantes.
Junqueira enfatiza a importância de as Unidades de Saúde estarem próximas dos usuários. A integração dos processos de trabalho na APS é crucial para melhorar o atendimento. A Umane, em parceria com o Conass, busca aprimorar as Redes de Atenção à Saúde, garantindo acesso a cuidados de qualidade.
Perfil das Internações
As internações evitáveis em 2024 afetaram principalmente pessoas com 65 anos ou mais, totalizando 606,6 mil casos. Também foram registradas 223,4 mil internações entre 55 e 64 anos e 197,8 mil entre crianças de 0 a 4 anos. Marinho destaca a necessidade de focar na saúde do idoso, dada a maior incidência de comorbidades.
Além disso, o levantamento aponta que mais mulheres em idade reprodutiva foram hospitalizadas em comparação aos homens, refletindo complicações na gestação e doenças preveníveis. A análise racial mostra que 945,3 mil pessoas pardas foram internadas, evidenciando desigualdades no acesso à saúde. Junqueira conclui que é fundamental garantir acesso igualitário ao sistema de saúde, independentemente da localização ou raça.
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