27 de mai 2025

Fisiculturistas profissionais correm risco elevado de morte súbita, alerta médico
Estudo revela que 38% das mortes de fisiculturistas masculinos estão ligadas à morte súbita cardíaca, com risco elevado entre profissionais.
Foto:Reprodução
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A morte súbita cardíaca é uma preocupação crescente entre fisiculturistas masculinos, conforme revela um estudo publicado no European Heart Journal. A pesquisa, que analisou 121 mortes, constatou que 38% delas estavam relacionadas a essa condição, que é rara em jovens saudáveis, mas frequentemente associada a problemas cardíacos subjacentes.
O estudo, conduzido por Marco Vecchiato, da Universidade de Pádua, destaca que o risco de morte súbita é mais elevado entre fisiculturistas profissionais, com um aumento de mais de cinco vezes em comparação aos amadores. A pesquisa envolveu 20.286 fisiculturistas que participaram de competições entre 2005 e 2020, e as mortes foram verificadas por médicos a partir de múltiplas fontes.
Entre os achados, os pesquisadores identificaram espessamento do coração e, em alguns casos, doença arterial coronariana. Além disso, análises toxicológicas revelaram o uso de substâncias anabolizantes em alguns casos. As práticas comuns no fisiculturismo, como treinamento intenso e dietas restritivas, podem sobrecarregar o sistema cardiovascular e aumentar o risco de problemas cardíacos.
Riscos e Conscientização
Vecchiato enfatiza a necessidade de aumentar a conscientização sobre os riscos à saúde associados ao fisiculturismo. Ele sugere que isso pode levar a práticas de treinamento mais seguras e melhor supervisão médica. O estudo também planeja investigar as mortes entre fisiculturistas do sexo feminino e analisar como os riscos à saúde podem ter mudado ao longo do tempo.
A pesquisa destaca a importância de uma abordagem cultural que rejeite o uso de substâncias que melhoram o desempenho, visando proteger a saúde dos atletas. A crescente incidência de mortes súbitas entre fisiculturistas ressalta a necessidade urgente de atenção a esses riscos.
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