Saúde

Prefeitura de Niterói contrata rede privada para eliminar fila de exames médicos

Prefeitura de Niterói lança programa Fila Zero para eliminar filas de exames no SUS em três meses, mas enfrenta críticas sobre sua viabilidade.

Atualmente, a rede municipal de Niterói recebe cerca de 8.700 pedidos mensais de exames em casos preventivos (Foto: Divulgação)

Atualmente, a rede municipal de Niterói recebe cerca de 8.700 pedidos mensais de exames em casos preventivos (Foto: Divulgação)

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A prefeitura de Niterói anunciou a aprovação do programa Fila Zero, que tem como objetivo eliminar a fila de exames no Sistema Único de Saúde (SUS) em um prazo de três meses. A medida, que deve ser implementada até o final de julho, envolve a contratação de entidades privadas e sem fins lucrativos para atender à crescente demanda por exames, especialmente após o aumento de procura por serviços de saúde no pós-pandemia.

O projeto foi aprovado na Câmara dos Vereadores e agora aguarda a análise do Conselho Municipal de Saúde antes da sanção do prefeito Rodrigo Neves. A expectativa é que o tempo de espera para exames, que atualmente pode chegar a dez meses, seja reduzido para apenas dez dias. A iniciativa utilizará uma tabela emergencial de complementação financeira, permitindo valores diferenciados para a remuneração dos serviços prestados.

Atualmente, cerca de 95% da população de Niterói é atendida pelo Programa Médico de Família e pela rede de atenção básica. A prefeitura registra aproximadamente 8.700 pedidos mensais de exames preventivos, sem contar os de urgência. Os exames mais requisitados incluem ecocardiografia transtorácica, colonoscopia e ultrassonografia mamária bilateral.

Expectativas e Desafios

A secretária municipal de Saúde, Ilza Fellows, acredita que a demanda por exames aumentará em 30% com o início do programa. Ela ressalta que a redução do tempo de espera pode diminuir o índice de faltas, que atualmente gira em torno de 15%, podendo chegar a 40% em casos de longas esperas. A secretária também mencionou a necessidade de soluções a médio prazo, como a criação de supercentros de saúde, com previsão de implantação para o próximo ano.

Entretanto, a proposta enfrenta críticas de servidores de saúde, que argumentam que os recursos poderiam ser melhor aplicados na melhoria dos serviços existentes. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio, Sebastião José, destacou que a rede municipal está sucateada e que investimentos deveriam ser direcionados para fortalecer a estrutura atual.

Ilza Fellows reafirmou que o programa é uma solução pontual e que o governo está trabalhando na reestruturação da tabela de salários dos servidores da saúde. O foco, segundo a secretária, é garantir uma assistência mais eficaz à população, enquanto se busca resolver as questões estruturais da rede de saúde municipal.

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