Orb promete verificar humanidade e impulsionar uso de criptomoedas globalmente

Philip K. Dick abordou a complexidade da identidade em "Blade Runner", onde humanos e replicantes coexistem. Em um cenário contemporâneo, a OpenAI, co-fundada por Sam Altman, lançou o Orb, um dispositivo que verifica a humanidade por meio do escaneamento da íris.

Os Orbs chegaram ao Brasil em 2024, mas as operações foram suspensas em São Paulo em fevereiro de 2025. A Agência Nacional de Dados (ANPD) determinou que a coleta de dados pela Worldcoin infringia a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Antes da suspensão, usuários que realizaram o procedimento receberam até R$ 600,00.

O Orb, desenvolvido pela Tools of Humanity, transforma a íris em um código binário de 12.800 dígitos. O dispositivo gera um World ID, que permite acesso a uma rede de criptomoedas. A empresa afirma que os dados são apagados após a verificação. Em países onde a legislação permite, usuários verificados recebem tokens equivalentes a cerca de US$ 42.

Suspensão e Investigações

Além do Brasil, a França, a Alemanha e o Quênia também estão investigando a coleta de dados pela Worldcoin. O governo queniano ordenou a suspensão das operações em agosto de 2024, citando falta de clareza no processo. Após uma investigação, a empresa retomou as atividades no país em setembro do mesmo ano.

Em um evento recente em São Francisco, Altman anunciou parcerias com empresas como o Match Group, visando combater fraudes em aplicativos de namoro. Em 2025, a Tools of Humanity planeja lançar um cartão de débito em parceria com a Visa nos Estados Unidos, onde a regulamentação de criptomoedas é mais flexível.